DÍLI, 02 de março de 2022 (TATOLI) – A Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC), Adaljiza Magno, participou, em representação de Timor-Leste, na abertura da 49.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos em Genebra, na Suíça.
Adaljiza Magno recordou, na sua intervenção, que, durante a luta pela independência, o povo timorense sofreu graves violações dos direitos humanos, mas, com o apoio da comunidade internacional, viria a refletir a importância da proteção destes direitos.
“Timor-Leste tornou-se um exemplo de um país que enfrentou com sucesso os obstáculos de transição para a paz e a justiça, preservando o respeito inabalável pelos Direitos Humanos”, afirmou Adaljiza Magno, num comunicado dirigido à Tatoli.
O governante defendeu que os direitos humanos, a paz, a segurança e o desenvolvimento estão “profundamente interligados e reforçam-se mutuamente”.
Disse ainda que, como defensor dos ODS16, “Timor-Leste está focado na contribuição para a promoção da paz sustentável e a concretização da Agenda 2030”.
No que respeita às prioridades da agenda nacional, Adaljiza Magno destacou os esforços nacionais para um sistema de proteção da criança que garanta o respeito pelos seus direitos e leve a uma participação em todos os aspetos da sociedade.
“Para atingir estes objetivos, destacam-se os programas para promover e facilitar o acesso ao registo de nascimento, à educação e à luta contra a violência contra as crianças, incluindo a elaboração do código infantil que proíbe os castigos corporais”, frisou.
Na resposta dada às alterações climáticas, o governante afirmou que Timor-Leste está empenhado em integrar os direitos humanos nas leis e políticas ambientais, bem como envolver a sociedade civil nos processos de tomada de decisões para criar resiliência em relação aos impactos das mudanças climáticas.
Adaljiza Magno aproveitou a oportunidade para apresentar a candidatura de Timor-Leste ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para o período de 2024 a 2026.
“Se for eleito membro pela primeira vez, Timor-Leste contribuirá de uma forma diferente para o trabalho do Conselho de Direitos Humanos, para além de reforçar a visão do Conselho de ser um órgão representativo da diversidade dos países que o compõem”, acrescentou.
Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Maria Auxiliadora