DÍLI, 31 de janeiro de 2022 (TATOLI) – O Chefe da Delegação da União Europeia (UE) em Timor-Leste, Andrew Jacobs, considera que Timor-Leste é um país ambicioso no combate às alterações climáticas.
“Timor-Leste é um país ambicioso, pois os governantes já têm a noção do impacto negativo das alterações climáticas na resiliência do país e na vida da população”, disse Andrew Jacobs à Tatoli, no Centro Cultural da Embaixada de Portugal, em Díli.
O diplomata informou ainda que a União Europeia vai trabalhar com o Governo timorense no sentido de aconselhar os países a tomarem medidas coletivas no combate às alterações climáticas e à proteção da biodiversidade.
“Estamos satisfeitos por trabalhar com o Executivo timorense no contexto das negociações internacionais, na medida em que inúmeros países do globo não manifestam qualquer ambição em inverter o panorama atual. O futuro do nosso planeta depende das nossas ações”, frisou.
Andrew Jacobs sublinhou também que a União Europeia tem prestado assistência técnica e financeira a Timor-Leste para combater as alterações climáticas. Deu como exemplo vários programas de formação direcionados aos agricultores residentes em zonas rurais, com destaque para os modos e práticas de cultivo de produtos agrícolas e de reflorestação.
Andrew Jacobs lembrou, entretanto, que a UE levou a cabo, em 2010, o programa Rai Matak em parceria com a Fundação Musan Ida , tendo apenas beneficiado 12 famílias provenientes de dois sucos no Posto Administrativo de Baguia, do Município de Baucau. No entanto, como refere o responsável, o projeto abrange atualmente dez sucos neste posto, sendo que aproximadamente mil famílias foram já beneficiadas.
O diplomata acrescentou que, este ano, o projeto Rai Matak estender-se-á a quatro municípios, são eles – Covalima, no Posto Administrativo de Tilomar; Viqueque que abarca os postos administrativos de Uatulari, Uatocarbau e Viqueque Vila; o Município de Lautém, nos postos administrativos de Lospalos e Lautém e, por último, em Baucau, nos postos administrativos de Quelicai e Laga.
No que toca ao projeto Ai ba Futuru, financiado pela União Europeia e em colaboração com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, em alemão), a organização tem vindo a trabalhar com as autoridades timorenses e agricultores com o propósito de auxiliar na preservação das florestas, no reforço da economia e na criação de meios de subsistência para as comunidades rurais.
O alvo do projeto são as famílias marginalizadas oriundas de 40 sucos dos municípios de Manatuto, Baucau, Viqueque e Lautém. Desde o início do programa, foram já plantados mais de dois milhões de sementes e pretende ainda plantar cerca de três milhões de árvores em Timor-Leste até final de 2022.
Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Maria Auxiliadora
