DÍLI, 07 de janeiro de 2022 (TATOLI) – O Ministério da Saúde (MS) pediu a toda a população no país que limpasse casas e bairros para a prevenção do surto de dengue.
A Diretora-Geral da Prestação de Serviços de Saúde do MS, Odete Viegas, afirmou que o dengue não é uma doença nova no país, registando-se anualmente grande número de casos.
“A situação climática também contribui para o aumento do número de casos de dengue. O Ministério da Saúde continua a esforçar-se para alertar a população sobre a prevenção”, afirmou a dirigente, em Delta Nova, Díli.
O ministério mantém a fumigação e distribuição de larvicida pela comunidade, sublinhado que a participação dos residentes contribui para o sucesso no combate a esta doença.
“Peço a consciência da comunidade e famílias para limparem casas e bairros. Se esta limpeza for frequente, evitaremos a propagação de mosquitos. Podemos agora considerar o dengue como um surto, pois há um aumento de casos, com 1% de taxa de mortalidade”, disse.
De acordo com Odete Viegas, o país regista 146 casos a nível nacional e 133 em Díli.
Segundo a diretora, os produtos de fumigação e larvicida estão em processo de aquisição e chegarão brevemente ao país.
Questionada sobre a preparação do Ministério da Saúde para prevenir esta doença, porque a Secretaria de Estado da Proteção Civil já tinha alertado sobre as alterações climáticas, Odete Viegas respondeu que a limpeza faz parte das medidas de prevenção deste surto.
“Efetuamos a fumigação, onde há novos casos. Distribuiremos os larvicidas pela população, mas, se a falta de limpeza continuar, não estamos a combater a doença a 100%”, defendeu.
O MS começou a limpeza e sensibilização nos bairros em Díli, sobretudo no Suco de Comoro do Posto Administrativo de Dom Aleixo.
O Chefe do Departamento Ambiental do MS, Agostinho de Oliveira, afirmou que a atividade pretende prevenir o dengue nos bairros de maior risco.
“Registamos diariamente pacientes com dengue nos centros de saúde e hospitais por falta de limpeza na sua zona de residência. A maioria dos casos são crianças com menos de cinco anos”, disse.
Segundo o dirigente, a limpeza tem como objetivo preparar a fumigação nos bairros de risco mais eleveado.
“Mesmo com a fumigação, se latas e pneus se mantiverem cheios de água, os mosquitos permanecerão nestes locais durante dois ou três dias”, acrescentou.
Já o Chefe do Suco de Comoro, Eurico de Jesus da Costa, disse que o Ministério da Saúde realizou ações de limpeza no Suco de Comoro, pois este sítio regista um aumento do número de casos de dengue.
“O Suco de Comoro reportou oitos pessoas infetadas com dengue, entre as quais seis morreram”, acrescentou.
De acordo com a autoridade local, o ministério trabalha em parceria com as autoridades locais de sete sucos no Posto Administrativo de Dom Aleixo para realizarem a limpeza.
O Serviço de Saúde do Município de Díli (SSMD) registou, no ano passado, 672 pessoas com dengue e oito vítimas mortais.
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Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora