DÍLI, 09 de novembro de 2021(TATOLI) – O Ministério das Finanças (MF) e o Banco Mundial em Timor-Leste lançaram hoje o relatório sobre a Revisão da Despesa Pública, no edifício do MF, em Ai-Tarak Laran, Díli.
O Diretor-Geral do Planeamento e Orçamento do Ministério das Finanças, José Alexandre de Carvalho, recordou que o respetivo relatório é o resultado do trabalho efetuado entre o Ministério das Finanças e o Banco Mundial de Timor-Leste desde 2019 sobre a análise da situação das finanças do país, a sua utilização do orçamento na área das infraestruturas e o seu investimento.
O dirigente sublinhou que, segundo o relatório, o crescimento económico do país baixou na passada década e, por isso, neste momento, Timor-Leste tem uma taxa de despesa pública superior a cerca de 90% do PIB (Produto Interno Bruto) . A colheita das receitas domésticas é apenas de 8% do PIB. O desiquilíbrio entre receitas e despesas resulta num défice do orçamento.
“Pedimos uma análise da nossa despesa pública para obter informação detalhada para que os políticos tomem boas decisões a nível de investimento público”, afirmou José Alexandre Carvalho.
O responsável frisou que o Governo precisa de seguir as recomendações do relatório da Revisão da Despesa Pública para implementar o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2022 e tomar decisões como a de reduzir o total de 2,1 mil milhões de dólares americanos para 1,7 mil milhões, mas esta é uma “batalha” entre o Ministério das Finanças e todos os ministérios.
Já o representante do Banco Mundial de Timor-Leste, Bernard Harborne, referiu que Timor-Leste é um sucesso na criação do Fundo Petrolífero.
“Contudo, o nosso relatório da Revisão da Despesa Pública mostra que o Fundo Petrolífero poderá esgotar-se no fim desta década”, acrescentou.
Bernard Harborne frisou a importância de criar reservas de petróleo para sustentar e diversificar a economia com a utilização das receitas de forma eficiente e eficaz.
Jornalista : Isaura Lemos de Deus
Editor: Rafy Belo