DÍLI, 29 de outubro de 2021 (TATOLI) – O ex-Presidente da República, José Ramos Horta, disse que, no momento em que Max Stahl já se encontrava em estado crítico, apresentou um pedido para tornar o Centro Audiovisual Max Stahl Timor-Leste (CAMSTL) em instituto público.
“Na nossa troca de mensagens, Max pediu-me que transformasse o Centro Audiovisual Max Stahl Timor-Leste em instituto por ser uma herança de registo histórico e de documentação audiovisual”, informou Ramos Horta.
O antigo presidente acrescentou que o pedido em causa já tinha sido apresentado ao Governo timorense.
Ramos Horta mostrou-se preocupado com a situação dos funcionários do CAMSTL que aí trabalham há alguns anos.
Um dos membros do Conselho do CAMSTL, Maria do Céu Lopes da Silva, informou que o processo de transformação do CAMSTL em instituto público ainda está na fase de elaboração do estatuto.
“No que toca ao assunto, ainda está na fase de elaboração pelo advogado do Primeiro-Ministro e será entregue brevemente a outros advogados para analisarem o nosso pedido”, frisou.
O CAMSTL emprega atualmente 19 funcionários permanentes e mais de 20 estagiários.
Já o Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, referiu que o Executivo prestará atenção ao centro, aos seus funcionários e aos documentos históricos que conserva.
Para preservar a história de Timor-Leste, Max Stahl criou um centro de arquivo com o seu nome. Os registos do CAMSTL são o resultado de 25 anos de trabalho do jornalista e dos seus colaboradores, a maioria deles timorense. Incluem filmagens e reportagens realizadas durante 12 anos, entre 2003 e 2016, o período após a restauração da independência em Timor Leste.
O arquivo CAMSTL apoia a produção de coleções temáticas de imagens e narrativas para fins educacionais, que podem ser usadas numa variedade de configurações e níveis.
O arquivo fornece ainda um campo de formação muito diversificado para o desenvolvimento de múltiplas competências das quais vários programas de estudo podem beneficiar.
O CAMSTL inclui material relevante para a produção de conteúdo orientado para o público nas áreas de História, Antropologia, Ciências Sociais, Estudos de Desenvolvimento, Planeamento Urbano, Política, Relações Internacionais, Geografia, Estudos Ambientais, Estudos Religiosos, Música e Saúde.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Maria Auxiliadora