DÍLI, 12 de outubro de 2021 (TATOLI) – Os encarregados de educação pediram ao Ministério da Educação, Juventude e Desporto(MEJD) que acelerasse o apoio com internet gratuita aos alunos.
“O Governo precisa de acelerar a distribuição de saldo aos alunos dos ensinos básico e secundário. Porque é que as universidades receberam e os nossos não?”, questionou uma representante das encarregadas de educação, Ludovina Fontes Leite, à Tatoli, em Mandarim, Díli.
A representante recordou ainda que os seus filhos participaram nas aulas a distância durante a imposição da cerca sanitária e confinamento obrigatório para fazer face à crise sanitária em Timor-Leste.
“Contudo, as aulas em linha não apresentaram grande vantagem para os nossos filhos por causa dos problemas com a rede de internet e carregamento de saldo. Os meus filhos frequentaram diariamente as aulas”, afirmou.
Ludovina Fontes Leite mostrou-se preocupada com o facto de cada professor enviar muitos exercícios sobre a sua disciplina, mas não acompanhar devidamente o trabalho dos alunos.
“Tivemos de carregar diariamente um dólar para internet para que os nossos filhos acompanhassem as aulas. Ouvimos que as universidades receberam a pulsa. O ensino básico e o secundário ainda não e continuamos sem qualquer informação”, sublinhou.
Também o representante da educação, Mário Tilman, exigiu ao MEJD que implementasse o apoio com internet gratuita aos estudantes.
“Ainda não recebemos, até à data, nenhum carregamento de telemóvel nem nenhuma justificação.Se o Ministério da Educação, Juventude e Desporto tiver uma política sobre a distribuição deste carregamento de saldo, precisa de informar os encarregados de educação”, salientou.
Segundo Mário Tilman, quando o ministério informou os estabelecimentos escolares sobre a decisão de apoiar os alunos com internet gratuita, os dirigentes deveriam ter realizado uma reunião com os encarregados de educação para discutir a implementação deste programa.
“Sabemos que o Executivo está a criar as condições [sobretudo, internet gratuita], mas, durante o período de confinamento, os pais é que carregaram o telemóvel para que os seus filhos tivessem acesso às aulas em linha”, concluiu.
É de lembrar que o MEJD executaria as verbas previstas no Orçamento Retificativo com 3,2 milhões de dólares americanos para apoiar com internet gratuita o acesso dos alunos ao programa “Eskola ba Uma” (“Escola em Casa”) durante a implementação da cerca sanitária e confinamento obrigatório.
De acordo com os dados do MEJD, cerca de 21.551 alunos receberiam internet gratuita no sentido de acompanharem o ensino a distância.
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Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora