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PDHJ defende discussão do valor das propinas para garantir eficácia do ensino online

PDHJ defende discussão do valor das propinas para garantir eficácia do ensino online

Adjunto do Provedor dos Direitos Humanos e Justiça (PDHJ) para os Assuntos de Boa Governação, José Telo. Imagem TATOLI/Egas Cristóvão.

DÍLI, 02 de setembro de 2021 (TATOLI) –  O Adjunto do Provedor dos Direitos Humanos e Justiça (PDHJ) para os Assuntos de Boa Governação, José Telo, defende que o Governo deve discutir com as entidades responsáveis, o valor do pagamento de propinas dos estudantes universitários, para promover a eficácia do ensino online durante o confinamento obrigatório.

“O pagamento de propinas constitui uma obrigação dos estudantes. Contudo, não limita que haja outras alternativas que o Governo possa discutir com partes competentes de modo a diminuírem o valor”, afirmou o adjunto do provedor do PDHJ à Tatoli.

Para garantir o direito dos alunos à educação durante a pandemia da covid-19, José Telo concorda que as aulas em linha são a medida mais adequada, nomeadamente para assegurar também a saúde pública.

Embora o Governo se esforce para não violar o direito de acesso à educação, através de atribuição de subsídios de carregamentos de internet aos estudantes timorenses, “o executivo tem de garantir a sua implementação, pois a maioria de pessoas no país vive abaixo da linha de pobreza e sem condições para comprar computador e telemóvel android, condições que colocam em risco o acesso ao ensino por parte dos filhos timorenses”, referiu.

O adjunto referiu ainda que o Governo precisa também de fazer um esforço para disponibilizar formações aos professores sobre ensino online, para além de garantir  equipamentos e carregamentos de internet, para que os professores, para além de dar aulas, possam acompanhar o desenvolvimento dos alunos.

O dirigente recordou ainda que apesar de no decreto do estado de emergência se suspender parcialmente o direito à educação, mesmo assim,  o Governo pode garantir este direito a todos os estudantes, através do ensino online acessível a todos.

Já o Diretor-Executivo da Aliança de Educação de Timor-Leste (TLCE, em inglês), José Monteiro, apoia o Governo na distribuição de subsídios aos estudantes universitários, uma vez que esta é uma responsabilidade do Estado.

O responsável recorda que o Parlamento Nacional aprovou um subsídio no montante de 14 milhões de dólares para isenção de propinas, e de cerca de 2 milhões para apoio ao acesso a internet gratuita.

O dirigente pediu também ao MESSC a supervisão de todas as universidades, para garantir que cumprem o seu dever relativamente ao processo de ensino à distância, uma vez que o executivo paga as propinas dos alunos e que, durante a pandemia, todas as universidades continuam a pagar aos docentes.

“Se pagam, então o aluno tem o direito de exigir o processo de aprendizagem, mesmo com a interrupção das aulas presenciais. Cada universidade deve procurar outra forma que permita aos alunos continuarem a estudar em casa, como as aulas em linha”, sugeriu.

José Monteiro encontrou-se com os superiores de diversas universidades na capital e estes disseram que os problemas têm sido sempre os mesmos: a mobilização de estudantes, a fraca rede de internet e a reduzida capacidade dos professores para utilizar as plataformas online.

Recorde-se que o Ministério das Finanças já fez o pagamento das propinas de cerca de 65 mil beneficiários de 18 instituições universitárias, no valor de 5,6 milhões de dólares americanos.

Notícia relevante: Orçamento não usado para pagamento de propinas volta para cofres do Estado

Jornalista: Domingos Piedade Freitas

Editora: Maria Auxiliadora

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