LUANDA, 17 de julho de 2021 (TATOLI) – A Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC), Adaljiza Magno, em representação do Governo de Timor-Leste, felicita a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pelo seu 25.o aniversário.
“A CPLP completa hoje o seu 25.o aniversário. Durante este tempo, a comunidade viveu momentos de sucesso e de fracasso. Há vários problemas ainda por resolver, como a desigualdade social, pobreza, níveis de escolaridade baixos”, disse a ministra à Agência Tatoli, no Hotel Internacional, em Luanda, Angola.
É de lembrar que, quando a CPLP foi fundada, em 1996, Timor-Leste estava ocupado pela Indonésia. A luta dos timorenses contra a ocupação indonésia foi um elemento unificador dos países da CPLP.
“A luta pela independência de Timor-Leste foi muito importante para os direitos fundamentais e os países de língua portuguesa mostraram a sua solidariedade no reconhecimento internacional de Timor-Leste como um Estado soberano”, afirmou.
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Depois de 25 anos de existência, a CPLP está totalmente preparada para prestar ainda mais atenção à área da cooperação económica, no sentido de proporcionar uma vida digna a todos os seus cidadãos e de reforçar o sentimento de pertença a esta comunidade. “Numa primeira fase, os países da CPLP facilitarão a circulação de pessoas para estudarem, trabalharem e viverem nos países desta comunidade”, explicou.
Adaljiza Magno destacou ainda que a língua portuguesa constitui um elemento de identidade de Timor-Leste. “O Estado timorense é um país único na Ásia, pelo que tem a função de proclamar e defender a língua em causa. Com este idioma, projetamo-nos no mundo”, referiu.
“Timor-Leste acredita que já é tempo de a língua portuguesa se tornar oficial no sistema da ONU, defendendo que se deve introduzir este idioma gradualmente nas reuniões de alto nível e na assembleia-geral da ONU”, avançou.
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A ministra acrescentou que a CPLP é uma organização com futuro, pois muitos países pretendem tornar-se membros observadores – Maurícias, Senegal, Geórgia, Japão, Namíbia, Turquia, Eslováquia, Hungria, República Checa, Uruguai, Reino Unido, Argentina, Itália, Chile, França, Sérvia, Luxemburgo, Andorra e a OEI (Organização dos Estados Ibero-americanos).
“Por esta razão, Timor-Leste tem de ser um membro ativo na Ásia e uma ponte entre os países da CPLP e a região”, referiu.
A 17 de julho de 1996, em Lisboa, realizou-se a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo que marcou a criação da CPLP, reunindo Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Seis anos mais tarde, a 20 de maio de 2002, com a conquista da sua independência, Timor-Leste tornou-se o oitavo país membro da comunidade. Depois de um minucioso processo de adesão, em 2014, a Guiné Equatorial tornou-se o nono membro de pleno direito.
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Também o Chefe da Delegação timorense para a Cimeira CPLP, José Reis, felicitou todos os países da CPLP.
“A Cimeira da CPLP é muito importante para o Estado timorense, bem como os seus 25 anos de existência. Este ano, um dos nossos cidadãos, Zacarias Albano da Costa, torna-se o líder do Secretariado Executivo. Por isso, para nós, a celebração dos 25 anos da comunidade é um momento histórico”, referiu.
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Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Maria Auxiliadora