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FAO: TL deve desenvolver setor agrícola

FAO: TL deve desenvolver setor agrícola

DÍLI, 05 de julho de 2021 (TATOLI) – A responsável pela Organização das Nações Unidas para  a Alimentação e a Agricultura (FAO, em inglês) em Timor-Leste, Paula Lopes da Cruz, disse hoje que o país tem um enorme potencial no setor agrícola, mas não está bem desenvolvido, por isso deve-se investir neste setor para responder às necessidades do povo.

“Temos muitas terras não utilizadas. Temos um grande potencial para produzir alimentos nutritivos e atender às necessidades da comunidade.”, referiu hoje Paula da Cruz, no salão do Ministério da Saúde, em Caicoli.

A representante frisou ainda que muitos fatores afetam os agricultores e a produção de alimentos, como a falta de abastecimento de água, estações secas longas e o acesso limitado de transporte a áreas remotas.

Paula da Cruz sublinhou que o preço dos produtos alimentares dos agricultores é alto, porque o processo de produção é demorado. Por isso, o número de compradores é reduzido.

“O preço oferecido pelos agricultores é muito caro e os compradores são poucos. Por isso, os agricultores não podem competir com os alimentos importados”, disse.

O Embaixador da Indonésia em Timor-Leste, Sahat Sitorus, tinha dito que há potencial agrícola no solo timorense, mas os agricultores, com o apoio do Governo central, devem desenvolvê-lo adequadamente.

“Vejo que Timor-Leste tem um grande potencial para a agricultura, mas precisamos de uma boa formação para os agricultores e instalações adequadas, para que o país não dependa e até reduza a importação”, sugeriu.

O diplomata revelou ainda que o Governo indonésio está pronto a ajudar Timor-Leste no desenvolvimento do setor agrícola a fim de construir um futuro melhor para a nação.

De acordo com o relatório do censo agrícola de 2019, 66% dos chefes de família no país trabalha na agricultura, totalizando 141.141 famílias, de um total de 213.417 famílias timorenses.

A área agrícola usada pelos agregados familiares é de 216.180 hectares e a usada por cooperativas agrícolas é de 3.070 hectares, das quais 15% são lideradas por mulheres.

O relatório mostrou ainda que 28,2% dos agricultores não possuem qualquer tipo de instrução, 27,6% frequentaram os 1º e 2º ciclos, 13,5% completaram o 3º ciclo , 15,8% dos agricultores tem habilitações ao nível do ensino médio,  incluindo a Escola de Engenharia Agrónoma (Escola Superior de Agricultura), 2,2% ao nível de bacharelato e 3,9% são licenciados.

Jornalista: Jesuína Xavier

Editor: Zezito Silva

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