DÍLI, 28 de abril de 2021 (TATOLI) – A Aliança Universitária de Timor-Leste (AUTL) pediu ao Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura (MESCC) que reativasse as atividades letivas presenciais.
“É essencial cooperar com os reitores para que possamos criar um mecanismo apropriado à situação atual”, disse hoje a porta-voz da AUTL, Francisca da Silva, em conferência de imprensa, no Campus Resende da Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL), em Díli.
A ação da AUTL vem no seguimento do Decreto do Presidente da República (PR) que deu confiança ao Governo para continuar a suspensão do processo de aprendizagem presencial nos municípios com casos de covid-19, como uma medida de prevenção.
Segundo a porta-voz da AUTL, depois da suspensão das atividades letivas, cada instituição encontra-se em regime de ensino a distância, considerando, no entanto, a sua implementação como ineficaz.
“Alguns estudantes não têm telefone Android. Outros têm, mas não têm dinheiro para o carregar e aceder às aulas virtuais. Também, a rede de internet está mais fraca, o que não ajuda os alunos durante as aulas em linha. Além disso, outros estudantes não participam na aula por dificuldades da parte dos docentes na recolha dos seus contactos e na utilização da aplicação em linha”, explicou.
Francisca da Silva referiu ainda que, embora o MESCC apoie os estudantes universitários com internet gratuita, há outras dificuldades.
No que toca à reabertura das atividades socioeconómicas e religiosas e circulação dos transportes públicos, a AUTL exigiu ao Governo que não prolongue o estado de emergência. No entanto, continua a ser essencial impor rigorosamente as regras de controlo.
“Pedimos a cada instituição pública e privada que reative as aulas presenciais, mas garanta o controlo das medidas de prevenção para não propagar o vírus”, concluiu.
Já o Reitor da UNTL, João Soares Martins, disse que a preocupação da AUTL é pertinente, mas a reabertura das aulas presenciais deve seguir as regras estabelecidas pelo Governo.
“Se o Governo permitir a reativação das aulas presenciais, é importante cumprir o protocolo da covid-19. Os estudantes devem receber a vacina (da AstraZeneca) e aplicar as regras de prevenção da covid-19”, afirmou.
Por outro lado, o Parlamento Nacional (PN) autorizou hoje o Presidente da República, Francisco Guterres Lú Olo, a decretar o décimo terceiro estado de emergência, que começará às 00h00 no dia 03 de maio e terminará às 23h59 do dia 01 de junho.
A mensagem do Chefe de Estado para o PN, durante o pedido de aprovação do estado de emergência, propõe a suspensão parcial dos direitos à circulação internacional e nacional, bem como à realização de reuniões e manifestações que impliquem a aglomeração de pessoas, incluindo a continuação da suspensão temporária das atividades letivas em regime presencial.
Jornalista: Nelia Fernandes
Editora: Maria Auxiliadora
