DÍLI, 10 de março de 2021 (TATOLI) – O Comandante-Geral da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), o Comissário Faustino da Costa, deu já instruções ao Comando da Unidade Especial da Polícia para proceder à investigação de um elemento do Batalhão de Ordem Pública (BOP) que terá esbofeteado um funcionário do Serviço de Água e Saneamento (SAS).
O pedido de abertura de inquérito surgiu na sequência de um vídeo publicado, na quarta-feira (10/03), na rede social Facebook, no qual se vê um membro policial a dar uma bofetada a um dos dois funcionários do SAS.
O mesmo vídeo mostra o agente a pedir ao funcionário que desse bofetadas ao seu colega por alegadamente violarem as regras impostas pelo Governo relativas à cerca sanitária e confinamento obrigatório na capital.
O porta-voz do Comando-Geral da PNTL, o superintendente-chefe Arnaldo Araújo, lembrou que o caso ocorreu no passado dia 9 deste mês, por volta das 15h, em Taci Tolu. Na altura, o elemento policial estava em serviço, quando avistou dois funcionários do SAS sentados em cima do capô de uma camioneta de transporte de resíduos sanitários. Pediu-lhes, então, que descessem da camioneta e, seguidamente, se esbofeteassem.
“O agente da polícia viu que os dois se esbofeteavam com pouca força, pelo que resolveu dar o exemplo, dando ele próprio uma bofetada num deles. Esta ação foi filmada por um indivíduo que não se quis identificar e, mais tarde, resolveu publicar o vídeo no Facebook, tornando-o, assim, viral”, afirmou Arnaldo de Araújo aos jornalistas, na quarta-feira (10/03), em conferência de imprensa, em Caicoli.
O superintendente-chefe referiu, contudo, que é “um ato injusto”, pelo que o Comando-Geral da PNTL já abriu um inquérito para se inteirar se o uso da força foi ou não adequado.
“Caso este membro tenha realmente violado o regulamento da instituição, será sancionado de acordo com os trâmites legais”, garantiu.
Arnaldo Araújo agradeceu igualmente à população por acompanhar permanentemente o trabalho das autoridades de segurança no terreno e pediu por fim, que apresentasse queixa às entidades relevantes contra este tipo de atuação.
Jornalista: Nélson de Sousa
Editor: Francisco Simões