DÍLI, 17 de janeiro de 2021 (TATOLI) – O Tribunal Distrital de Díli (TDD) decretou a medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR) aos dois gestores das empresas Guardamor e Metrolink por alegado fornecimento ilegal de internet.
Recorde-se que a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) executou a 14 de janeiro o mandado de detenção do TDD dos dois gestores das empresas Metrolink, localizada em Hudi Laran, e Guardamor, situada em Fatuhada.
Já o Serviço de Investigação Criminal (SIC) procedeu à apreensão de diversos documentos e de dois portáteis pertencentes à empresa Guardamor.
Questionado sobre a decisão do TDD em relação à medida de coação aplicada, o advogado privado Manuel Tilman mostrou-se satisfeito com a decisão do tribunal em virtude da falta de provas que possam incriminar os dois suspeitos.
“Penso que a decisão do TDD foi ajustada e fundamentada” disse Manuel Tilman, em declarações aos jornalistas, no TDD, em Mandarin, Díli.
Manuel Tilman salientou ainda que o TDD pediu aos dois gestores que continuassem a cooperar com as autoridades judiciais, nomeadamente no processo de investigação.
O advogado lembrou, entretanto, que os dois arguidos terão de se apresentar no posto de polícia mais próximo duas vezes por semana.
O primeiro interrogatório judicial foi presidido pela juíza Albertina Neves e o Ministério Público foi representado pelos procuradores Ambrósio Rangel e Lídia Soares.
A 15 de janeiro deste ano, o TDD aplicou prisão preventiva a um dos responsáveis pela empresa Liran Teck, enquanto ao outro suspeito foi-lhe decretada a medida de coação de TIR. Deste modo, todos os suspeitos implicados no caso de fornecimento ilegal de internet vão aguardar o processo de investigação levado a cabo pelo Ministério Público.
O SIC efetuou várias buscas no edifício da empresa Liran TECK, tendo apreendido o equipamento que permitia fornecer ligações ilegais de internet a partir de um satélite.
O defensor público Eustáquio Guterres discordou, por seu turno, da decisão do TDD, pelo que pretende, num prazo de 15 dias, recorrer ao Tribunal de Recurso.
O primeiro interrogatório judicial foi presidido pela juíza Albertina Neves, o Ministério Público representado pelos procuradores Ambrósio Rangel e Lídia Soares e a defesa por Eustáquio Guterres.
Jornalista: Nelson Freitas
Editor: Francisco Simões/Tradutor: Domingos Piedade Freitas