DÍLI, 19 de novembro de 2020 (TATOLI) – O Ministério da Agricultura e Pescas (MAP) em parceria com o projeto “Ai ba Futuru” levarão a cabo a primeira “Feira Agroflorestal e Comercial” que terá lugar entre os dias 20 e 21 de novembro, no Centro de Convenções de Díli (CCD).
Esta iniciativa visa promover cadeias de valor agroflorestal e fomentar o intercâmbio entre produtores, comerciantes, associações empresariais, decisores políticos, organizações não governamentais (ONG) e agências internacionais.
Segundo o comunicado de imprensa, 40 expositores vão apresentar os produtos relativos a cadeias de valor agroflorestal e 20 vendedores locais irão expor e vender os seus bens alimentares numa amostra da gastronomia local.
O Embaixador da União Europeia em Timor-Leste, Andrew Jacobs, disse que o setor agroflorestal tem potencial para o desenvolvimento económico e para o futuro de Timor-Leste.
“A abertura da feira marcada para a próxima sexta-feira, 20 de novembro, será um passo importante para a diversificação económica. O Governo não está sozinho, pois conta com o apoio da União Europeia, do projeto Ai ba Futuru, do setor privado e dos operadores comerciais que estão presentes no país”, afirmou Andrew Jacobs.
Já o Coordenador Nacional da GIZ Timor-Leste, Rainer Schellhaas, referiu que a primeira feira Agroflorestal e de Comércio visa partilhar boas práticas, conhecer outras empresas e trabalhar em rede.
“Como a agro-florestação tem um grande potencial para aumentar a produção agrícola e florestal numa área limitada e para reforçar o emprego rural em Timor-Leste, estou muito satisfeito por podermos promover cadeias de valor agroflorestal através desta feira”, disse Rainer Schellhaas.
Na abertura da feira, vários oradores de outras organizações efetuarão discursos interativos sobre tópicos relacionados com as cadeias de valor agroflorestal.
“Três chefes locais apresentarão durante uma amostra culinária como criar pratos saborosos e nutritivos utilizando produtos locais. No sábado, começará um painel de discussão sobre o tema plantar árvores através de ‘Um cidadão, uma árvore’ e ‘Ai ba Futuru’, em prol do desenvolvimento económico rural e da luta contra as alterações climáticas em Timor-Leste”, explica a nota.
O projeto ‘Ai ba Futuru’ será implementado durante cinco anos e abrange os municípios de Baucau, Lautém, Manatuto e Viqueque, cofinanciado pela União Europeia e pelo Governo alemão, através da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, em inglês) com 14 milhões de dólares e 4 milhões de dólares, respetivamente. Este projeto beneficiará ao todo 4 mil famílias carenciadas de 40 sucos previamente selecionados.
“Aumentará a área sob agro-florestação em Timor-Leste em 6 mil hectares, sendo plantado um total de três milhões de árvores. Os participantes alvo beneficiam de aumentos na produção, melhores oportunidades de emprego e melhor acesso ao mercado, gerando assim um rendimento mais elevado”, refere o documento.
O projeto tem como objetivo efetuar a plantação de árvores comerciais, melhorar a eficiência do processamento da madeira e encorajar o setor privado timorense a investir e envolver-se ativamente no estabelecimento, abate e processamento de árvores florestais cultivadas internamente para uso local e para exportação.
TATOLI
