DÍLI, 05 de outubro de 2020 (TATOLI) – O Governo de Timor-Leste prevê que a economia do país cresça 3,9% em 2021 face a 2020, ano em que se registou uma quebra de 6% devido à crise sanitária provocada pela covid-19 e ao atraso na aprovação do orçamento.
“Este regresso ao crescimento resulta do fim da incerteza política e do retomar de uma despesa forte do Governo. Já a inflação deverá permanecer baixa e estável, com 0,7% em 2020, e 2,1% em 2021”, diz o documento relativo à proposta do Orçamento Geral do Estado para 2021.
Recorde-se que o investimento público resultou, entre 2008 e 2018, no crescimento económico não petrolífero fixado numa média de 4,7% ao ano.
Segundo a proposta do OGE para 2021, esta política teve como objetivo estabelecer os alicerces necessários para um desenvolvimento sustentável a longo prazo liderado pelo setor privado.
“As projeções preliminares do PIB [Produto Interno Bruto] em 2019 indicaram que o PIB foi positivo, com um crescimento na ordem de 2,0%, recuperando de dois anos anteriores de contração”, refere a proposta.
Já o Governador do Banco Central de Timor-Leste (BCTL), Abraão de Vasconcelos, tinha antes revelado que a economia do país registou uma quebra de 6%.
“O motivo pelo qual a economia registou uma quebra na ordem dos 6% deve-se ao facto de a atividade económica não voltar à normalidade, fazendo cair a oferta agregada em cerca de 11% e causando uma diminuição de 14% na oferta agregada ao setor público e 7% relativa à oferta doméstica”, adiantou recentemente o responsável do BCTL, no Parlamento Nacional.
O governador acrescentou que se registou uma quebra de aproximadamente 18% nos setores da exportação e importação ao ser calculada a balança do défice das contas externas. O mesmo se sucede com o crescimento económico não petrolífero que registou uma queda de 6%.
Jornalista: Maria Auxiliadora
Editor: Zezito Silva
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