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PAM: TL precisa de apostar em alimentos nutritivos

PAM: TL precisa de apostar em alimentos nutritivos

Alimentos nutritivos. Imagem/Google.

DÍLI, 16 de outubro de 2020 (TATOLI) — O responsável do Programa Alimentar Mundial (PAM), Dageng Liu, disse que Timor-Leste (TL) necessita de apostar em alimentos nutritivos e resolver o problema da falta de vitaminas e minerais na sua dieta alimentar.

Dageng Liu recordou que Timor-Leste ambiciona erradicar a fome até 2030 e que 36% da população sofre de problemas associados a uma insegurança alimentar moderada e severa.

“A pandemia da covid-19 fez-nos acordar para a situação do país em relação à sua dependência da importação. Já está na hora de revermos os problemas estruturais que incidem sobre o sistema de funcionamento da nossa cadeia alimentar”, afirmou Dageng Liu, no âmbito da celebração do Dia Mundial da Alimentação, no Centro de Convenções de Díli.

Responsável do Programa Alimentar Mundial (PAM), Dageng Liu.

O responsável do PAM referiu ainda que, de acordo com o estudo “Preenchimento de Lacunas Nutritivas”, levado a cabo pela Organização das Nações Unidas em Timor-Leste e pelo Conselho Nacional de Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional de Timor-Leste (CONSSANTIL), a esmagadora maioria dos agregados familiares no país não consegue preencher as suas necessidades básicas de uma alimentação nutritiva, que custam mensalmente entre os 30 dólares e os 60 dólares americanos.

“Caso queiram consumir alimentos nutritivos, precisam de gastar entre 158 e 211 dólares americanos por mês, valores que estão acima do salário mínimo, que é de 115 dólares americanos”, referiu.

No que toca à adesão de Timor-Leste ao Movimento Global para a Melhoria da Nutrição, Dageng Liu disse que o movimento constitui um esforço global para erradicar a má nutrição, com o princípio de que cada pessoa tem o direito a aceder a alimentação nutritiva.

O responsável da agência internacional saudou também o Governo timorense pelo seu esforço de resposta à crise sanitária provocada pela covid-19 ao  dar prioridade às pessoas que vivem no limiar da pobreza e aos agregados familiares mais carenciados.

“Em nome da ONU em Timor-Leste, esperamos melhorar o sistema nutricional com a colaboração dos heróis da alimentação em Timor-Leste”, concluiu.

Já a Diretora-Geral da Agricultura do Ministério da Agricultura e Pescas (MAP), Maria Odete do Céu Guterres, disse que as questões socioeconómicas afetam o problema da fome em Timor-Leste, sublinhando, no entanto, que o país não tem desculpa para que tal situação se verifique.

“O Ministério da Agricultura garante a segurança alimentar. Os dados sobre os indicadores da desnutrição estão relacionados com a alimentação”, afirmou.

De acordo com o Índice Global da Fome (IGF), Timor-Leste é, em 2020, o segundo país com mais fome, na 106.ª posição de um ranking de 107 nações, com uma pontuação de 37,6, um nível “alarmante” de fome.

Os dados divulgados têm por base quatro indicadores – a subnutrição, crianças com menos de cinco anos com baixo peso para a sua altura, baixa estatura ou nanismo de crianças com idade inferior a cinco anos e mortalidade infantil abaixo dos cinco anos.

Notícia relevante: Timor-Leste é o segundo país com mais fome no ranking do IGF de 2020

Jornalista: Nelia Fernandes

Editora: Maria Auxiliadora

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