DÍLI, 01 de junho de 2020 (TATOLI) – Maria Vitória “Marvi”, Advogada das Crianças em Timor-Leste, quer defender os direitos das crianças timorenses e combater a discriminação.
“Quero defender os direitos das crianças. Elas precisam de ter tempo para brincar. Precisam de expressar o que sentem no dia a dia, ter acesso a educação que as irá transformar ao logo do percurso escolar para, assim, alcançarem um futuro melhor”, disse Maria Vitória à Tatoli, em Aitarak-Laran, Díli.
A cantora mostrou, no entanto, o seu desagrado com o facto de inúmeras crianças estarem envolvidas em trabalho infantil.
“Os pais devem compreender as necessidades das crianças, não as obrigando a trabalharem para obterem algum dinheiro. Os pais precisam de lhes dar maior importância para garantir o seu futuro”, afirmou.
No âmbito da celebração do Dia Mundial da Criança, Maria Vitória apelou a todos os pais que ouvissem o que os seus filhos realmente desejam, sublinhando, no entanto, que as crianças devem também escutar os pais e estudarem para alcançar um futuro risonho.
“Os pais devem ouvir os seus filhos. Devem mostrar-lhes o caminho certo”, sugeriu.
Para a cantora, o Dia da Criança deste ano é celebrado em silêncio devido à crise sanitária provocada pelo novo coronavírus.
“As crianças gostam de brincadeiras, estar com os amigos, mas o surto da covid-19 tem perturbado todas as atividades. Sentimo-nos, então, tristes”, lamentou.
Questionada sobre o trabalho como advogada nomeada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Maria Vitória referiu que, embora não tenha atualmente efetuado qualquer atividade, tem planos para este ano realizar visitas aos municípios e estar com crianças.
“Esperamos que a pandemia termine para que possamos concretizar o plano. Durante um ano, enquanto advogada, não fiz qualquer atividade. Participei apenas em dois eventos, onde me juntei a várias crianças e jovens”, afirmou.
A vencedora do The Voice Portugal salientou também que, na qualidade de representante das crianças em Timor-Leste, pretende continuar a defender os seus direitos para que possam desfrutar de todas as atividades lúdicas sem quaisquer entraves.
“Agradeço o apoio, porque sou um elemento que serve de inspiração para outras pessoas em Timor-Leste”, concluiu.
Jornalista : Nelia Fernandes
Editora : Maria Auxiliadora