DÍLI, 19 de maio de 2020 (TATOLI) – O Presidente da Tane Consumidor, António Ramos, disse que as principais queixas apresentadas a esta associação, durante o estado de emergência, estão ligadas às telecomunicações e ao preço dos combustíveis.
“Os casos mais graves foram os das telecomunicações, porque, no período do estado de emergência, as pessoas trabalham e estudam em casa via internet. No entanto, a internet é muito lenta, o que as prejudica”, disse.
António Ramos referiu também a falta de informações claras sobre as campanhas das operadoras de telecomunicações.
“Em relação ao pacote 24 horas, os clientes ficam sem saldo antes do término da campanha, o que os obriga a fazerem novos carregamentos”, exemplificou.
Para o Presidente da Tane, a falta de clareza nas informações multiplica, assim, o lucro destas operadoras.
“A Autoridade Nacional de Comunicações deve estar atenta a esta questão. Desde que existe, a maioria das queixas apresentadas à TANE é nas telecomunicações”, insistiu.
Segundo António Ramos, também o preço dos combustíveis na capital é um problema. Apesar da queda a nível mundial, em Timor-Leste, os preços mantêm-se.
“Isto significa que, durante o estado de emergência, o preço dos combustíveis não reflete a situação. Enquanto a tendência global dos preços dos combustíveis é de queda, devido à crise da covid-19, aqui [em Timor-Leste] não. Pedimos à Autoridade do Petróleo e Minerais para intervir, porque, embora tenhamos adotado um mercado livre, eles é que fazem a regulação”, concluiu.
Jornalista : Nelia Fernandes
Editora : Maria Auxiliadora