DÍLI, 31 de março de 2024 (TATOLI) – “Jesus de Nazaré, o crucificado, ressuscitou!”, foi a frase que o Papa Francisco escolheu para iniciar a sua mensagem pascal deste ano, dirigida a dezenas de milhares de fiéis presentes na Basílica de São Pedro e a milhões que acompanharam a transmissão pelos meios de comunicação social.
Na sua mensagem, o Sumo Pontífice apelou à paz e recordou os povos martirizados por conflitos e violência.
“Que Cristo ressuscitado abra um caminho de paz para as populações mártires da Terra Santa e da Ucrânia, com o respeito pelo direito internacional, um cessar-fogo imediato e a rápida libertação dos reféns. Que a luz da ressurreição nos torne conscientes do valor de cada vida humana”, disse Papa Francisco.
O líder da Igreja Católica também reiterou o seu apelo para que “seja garantida a possibilidade de acesso humanitário a Gaza”, apelando, mais uma vez, à “rápida libertação dos reféns raptados a 7 de outubro e a um cessar-fogo imediato na Faixa”.
“Não permitamos que as hostilidades em andamento continuem a afetar seriamente a população civil, já exausta, especialmente as crianças. Quanto sofrimento vemos nos seus olhos! A paz nunca é construída com armas, mas estendendo as nossas mãos e abrindo os nossos corações”.
O Papa pediu também para que a Síria não fosse esquecida, pois esta tem vindo a sofrer as consequências de uma guerra longa e devastadora há quatorze anos.
De seguida, o Sumo Pontífice voltou o seu olhar para “o Líbano, que há muito tempo tem sido afetado por um bloqueio institucional e por uma profunda crise económica e social, agora agravada pelas hostilidades na fronteira com Israel” e “para a região dos Balcãs Ocidentais, onde estão a ser dados passos significativos para a integração no projeto europeu”.
O Papa Francisco encorajou “o diálogo entre a Arménia e o Azerbaijão, para que, com o apoio da Comunidade internacional, se possa continuar o diálogo, ajudar os deslocados, respeitar os locais de culto das diferentes denominações religiosas e chegar a um acordo de paz definitivo o mais rápido possível”.
“Que o Senhor Ressuscitado ajude o povo haitiano, para que a violência, que derrama sangue e dilacera o país, possa cessar o mais rápido possível e que se possa progredir no caminho da democracia e da fraternidade. Que Ele dê conforto aos rohingyas, afligidos por uma grave crise humanitária, e abra o caminho da reconciliação em Myanmar, dilacerado por anos de conflito interno, a fim de que toda lógica de violência seja definitivamente abandonada”, disse.
O Sumo Pontífice concluiu, pedindo “que a luz da ressurreição ilumine as nossas mentes e converta nossos os corações, conscientizando-nos do valor de toda vida humana, que deve ser acolhida, protegida e amada”.
Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Maria Auxiliadora