DÍLI, 20 de janeiro de 2024 – Decorreu, entre 15 e 19 de janeiro, em Davos-Klosters, na Suíça, a 54.ª Reunião Anual do Fórum Económico Mundial sob o tema Reconstruir a Confiança. Tendo marcado presença no evento, o Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, considerou que o fórum foi uma boa oportunidade para reunir países que desejem partilhar experiências com vista a desenvolver a economia global e a de cada país em particular.
Xanana Gusmão especificou que o fórum criou condições para se estabelecer um ambiente propício a diálogo aberto entre países africanos, europeus e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) já que, além de reunir líderes governamentais, também mobiliza organizações empresariais e da sociedade civil para procurar soluções para problemas globais.
Exemplo deste ambiente propício a diálogos e sugestões produtivas foi, para o líder do Executivo timorense, a oportunidade que teve de falar e ouvir sobre uma filosofia económica assente no desenvolvimento da economia azul para que, nas palavras daquele, “possamos aprender e adquirir conhecimentos de modo a desenvolver o nosso país”.
O Chefe do Governo revelou ter apreciado, em particular, o esforço do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na melhoria da economia e de infraestruturas do seu país.
A Representante da Missão Permanente de Timor-Leste em Genebra, Maria Lourdes Bessa, referiu-se também à utilidade deste evento internacional: “Este fórum permitiu que os chefes dos governos e as organizações da sociedade civil presentes partilhassem as suas opiniões e emparelhassem ideias para o desenvolvimento económico de cada país”.
Por sua vez, o Presidente do Fórum Económico Mundial, Borge Brende, apelou a todos os países que procurem soluções para resolver os problemas económicos mundiais comuns. “Precisamos de lutar contra a guerra e extinguir conflitos para melhorar novamente o crescimento económico”.
Já o Diretor Executivo do Programa Alimentar Mundial, David Beasley, solicitou a todos os intervenientes que se focassem nos problemas da alimentação de cada país para, tanto quanto possível, extinguir ou mitigar crises conjunturais de fome e, a este respeito, assegurou que “a Organização das Nações Unidas, através do Programa da Alimentação Mundial, vai apoiar os países que enfrentam cenários de problemas de alimentação”.
O Fórum Económico Mundial concentra-se em questões fundamentais que têm afetado um mundo em constante transformação, desde crises de segurança até às alterações climáticas e até se debateu a inteligência artificial. “Face à erosão da confiança, torna-se necessária a criação de plataformas de diálogo mais robustas, parcerias sólidas, quadros políticos ágeis e a implementação eficaz de tecnologias para alcançar ganhos práticos e implementáveis para as sociedades, tanto a curto quanto a longo prazo”, lê-se em documento sobre este evento ao qual a Tatoli teve acesso.
Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Isaura Lemos de Deus