DILI, 27 de setembro de 2023 (TATOLI) – Intensificar a produção de milho, incluindo o que se destina à alimentação animal é um dos objetivos do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pescas e Florestas, de acordo com as declarações proferidas esta terça-feira pelo Diretor Nacional de Agricultura e Horticultura, Lúcio Ribeiro.
“O milho não é o principal alimento dos timorenses, a maioria da população consome arroz, mas, ainda assim, o ministério quer diversificar a produção agrícola, adquirindo milho aos agricultores e transformando-o para alimentação animal”, afirmou Lúcio Ribeiro.
O Diretor Nacional informou que anualmente se produzem, pelo menos, 120 toneladas de milho. Todavia, não chegam para necessidades de consumo humano, nem para alimentação animal. Consciente disso, o Ministério, através de uma atribuição orçamental de 327 mil dólares, adquiriu sementes deste produto e distribuiu-as por agricultores para aumentar a produtividade. Acrescentou que existem mais de 36 mil hectares de campos de milho, mas apenas 17 mil são aproveitados e, por tal, a autoridade quer motivar agricultores através de apoios para aumentar a produção do milho.
Adão Pires, recém-licenciado em Agricultura pela Universidade da Paz, disse que o milho é um alimento que contém hidratos de carbono e fornece energia ao organismo e, assim sendo, constitui um produto alternativo a outros com igual valor nutritivo e entende-o como importante para reforçar a qualidade da alimentação humana e, no caso de Timor-Leste, combater a subnutrição.
De acordo com Adão Pires, há poucos cidadãos que consomem milho regularmente. Para ele seria importante que o governo criasse fábricas que pudessem converter o milho bruto em alimentos refinados e garantir um maior prazo de validade. O jovem referia-se ao processamento da matéria-prima, o milho, numa variedade de produtos para consumo humano, que não necessariamente para alimentação. “Por exemplo, a Maizena, conhecida marca de farinha de milho, é utilizada para cozinhar, mas também pode ser transformada em cosméticos e produtos farmacêuticos”.
Equipa da TATOLI