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Hospital Nacional Guido Valadares regista mais de 1.600 pessoas com doenças de olhos

Hospital Nacional Guido Valadares regista mais de 1.600 pessoas com doenças de olhos

Júlia Magno, especialista em oftalmologia no HNGV (à direta).

DÍLI, 21 de setembro de 2023 (TATOLI) – O Centro Nacional de Visão do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) registou, em agosto, 1.655 pessoas que sofrem de doenças de visão das quais mais de 60 são crianças. A informação é proveniente de Júlia Magno, especialista em oftalmologia naquela valência hospitalar.

“Muitas das pessoas que atendemos em agosto têm problemas com lentes por causa de cataratas e outras doenças de visão. Ainda que estas doenças podem causar a perda de visão, se detetadas precocemente muitas pessoas podem recuperar”, disse Júlia Magno.

A especialista explicou que há dois tipos de doença dos olhos: as relacionadas com males da retina e as da córnea. Ambas podem causar perda total de visão e, dos que as têm, alguns podem recuperar, mas nunca totalmente.

“A doença da retina registou um aumento de casos no Centro de Visão do HNGV. No que toca à doença córnea, quando causada por uma infeção ou por um trauma, nunca se recupera totalmente. Em casos mais graves, há uma progressão da doença que se chama Leucoma, uma patologia da visão caracterizada por uma mancha cicatricial opaca que se forma na córnea e que pode perturbar profundamente a visão. Esta última doença faz com que as pessoas dependam de medicamentos para controlar a tensão ocular e poder ver”, especificou Júlia Magno.

Um sintoma inicial de doenças da visão é a comichão nos olhos. Esta “pode ser transmitida de uma pessoa para outra, por isso tem que se de lavar as mãos depois de se contactar com pessoas infetadas”. A especialista informou que pessoas com problemas de olhos têm de controlar a sua rotina: ter cuidados com os olhos e vigiar a pressão sanguínea a fim de prevenir complicações na visão, especialmente se forem diabéticas. Segundo a especialista, resultados de testes diagnósticos mostraram que muitos dos seus pacientes sofrem de comichão nos olhos antes de se dirigirem ao médico.

Pede, por isso, aos cidadãos que apresentam sintomas de comichão ocular que se dirijam a hospitais para lhes serem receitados tratamentos a fim de prevenir a perda total de visão. Avisa: “há casos em que, face a pacientes que sofreram de uma doença de visão, nós podemos eliminar as infeções nos olhos, mas são muito difíceis de recuperar totalmente”. Segundo a médica, a prevenção das doenças oftalmológicas depende das causas, mas a maioria das pessoas que sofre de doenças oculares (incluindo sintomas de comichão) deve-se à velhice.

Júlia Magno salientou que os equipamentos de saúde são suficientes, mas a falta de medicamentos oftalmológicos leva os pacientes a comprar os remédios em farmácias privadas. No que toca aos equipamentos médicos para o diagnóstico de doenças oculares no HNGV, a especialista acha que são suficientes. Todavia, lamenta a falta de pessoal: faltam oftalmologistas e técnicos para salas de cirurgia.

O Centro Nacional de Visão do HNGV dispõe de 23 pessoas, das quais 19 são técnicos de apoio em salas de cirurgia e quatro especialistas de oftalmologia, número claramente insuficiente para abranger todo o território.

Equipa da TATOLI

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