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Produtores de algas de Ataúro veem esforços recompensados

Produtores de algas de Ataúro veem esforços recompensados

Algas marinhas. Imagem/Google.

DÍLI, 26 de agosto de 2023 (TATOLI) Cerca de 300 produtores de algas de Ataúro viram a sua produção aquícola, 50 toneladas, ser remetida para o exterior, designadamente para alguns países asiáticos. A produção em apreço beneficiou de fundos australianos e de apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pescas e Florestas e teve como empresa exportadora a empresa Cattoni. A informação proveio do presidente da empresa Salomão Cabral.

Segundo o dirigente, a quantidade exportada este ano supera a dos anos anteriores graças ao trabalho dos produtores de Ataúro, com quem a empresa colabora desde 2008.

Embora em menor quantidade, já exportamos para a China e para o Vietname”, disse Salomão Cabral, no Porto de Tíbar.

Para o Diretor Nacional da Agricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pescas e Florestas, Alberto Viegas, esta exportação demonstra que o investimento em aquicultura e o apoio aos produtores é importante.

Além de os produtores receberem apoio do Mecanismo de Desenvolvimento de Mercado [MDF], o Governo tem também disponibilizado equipamentos de cultivo à comunidade local para aumentar a produção de algas marinhas. Hoje podemos ver os resultados disso mesmo, acompanhando esta exportação”, disse o dirigente.

O representante do Departamento de Desenvolvimento Rural da Embaixada da Austrália em Timor-Leste, Thomas Wooden, explicou que o MDF é um iniciativa multinacional financiada pelo Governo australiano que promove o desenvolvimento económico sustentável, através do financiamento de atividades que conduzam a rendimentos mais elevados para comunidades vulneráveis.

Segundo Thomas Wooden, o MDF estabelece ligações entre indivíduos, empresas, governos e organizações não-governamentais, permitindo melhorar a coordenação e fortalecer o crescimento económico.

Continuaremos a de produtores, sobretudo através da procura de mercado para a exportação de algas”, afirmou.

A produção de algas em particular e a aquícola em geral inserem-se num conjunto de atividades que se consideram sustentáveis e propícias à filosofia da Economia Azul. De uma maneira geral exploram produtos costeiros ou marinhos, usam recursos marinhos renováveis e, por isso, sustentáveis e, nalguns casos, diminuem as consequências da sobrepesca ilegal que se verifica nas águas territoriais de Timor-Leste. Acresce que, podendo ser feita em terra (tanques de aquicultura piscícola e, justamente, de algas), tem custos de produção e manutenção não elevados. A produção não está sujeita a especificidades sazonais, podendo ser contínua.

Vale a pena recordar que, em 2022, no âmbito do Projeto Economia Azul do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a população de Ataúro exportou cerca de 700 toneladas de algas para o Japão.

Jornalista: Domingos Piedade Freitas

Editora: Maria Auxiliadora

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