DÍLI, 20 de julho de 2023 (TATOLI) – A Organização Não-Governamental (ONG) Pro-Ema tem facultado, desde 2018, diversas formações em culinária com vista à promoção da potencialidade dos produtos agroalimentares locais.
“Transformamos o inhame, a mandioca, a batata-doce e a abóbora em refeições nutritivas. Utilizamos estes produtos locais para confecionar pratos no nosso restaurante e, assim, promovermos a gastronomia local”, disse a Diretora da Pro-Ema, Ana Paulina da Costa, à Tatoli, em Lecidere.
Na opinião da dirigente, apesar de Timor-Leste ter produtos ricos em nutrientes, a maioria das pessoas não tem criatividade para os confecionar, além disso, considera que há falta de conhecimento na gestão dos produtos alimentares.
“Transformamos os produtos locais que compramos no mercado, como por exemplo abóbora e batata-doce, em várias formas de alimentos, como pão, pudins e bolos, para satisfazer as necessidades diárias dos nossos clientes. Utilizamos também sementes de abóbora misturadas com amendoins, cajus e nozes para fazer marmelada rica em nutrientes, conhecida como Mehi Tela. O alimento é rico em proteínas e destina-se a crianças e mulheres grávidas”, explicou.
A gerente referiu ainda que a organização promove mensalmente uma atividade, organizada em diferentes municípios, como Díli, Ermera e Liquiçá, com o objetivo de doar alimentos nutritivos a pessoas carenciadas. A chamada Cozinha Solidária iniciou-se aquando da pandemia da covid-19, tendo já beneficiado inúmeras pessoas, por exemplo, após as cheias provocadas pelo ciclone Seroja que assolou o país em 2021.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Isaura Lemos de Deus