DÍLI, 16 de junho de 2023 (TATOLI) – O Diretor Nacional do Emprego Exterior, Filomeno Soares, desmentiu informações espalhadas nas redes sociais sobre cidadãos indonésios serem candidatos a vagas da Secretaria de Estado para a Formação Profissional e Emprego (SEFOPE), em programas de mobilidade laboral no estrangeiro.
Para Filomeno Soares, a possibilidade de cidadãos indonésios terem concorrido e serem colocados, ao abrigo de protocolos estatais, na Austrália ou na Coreia do Sul é notoriamente falsa.
No seguimento, o dirigente pediu para que as pessoas não acreditem, nem reproduzam informações daquela natureza nas redes sociais. Concretamente, o dirigente refere-se a listas digitalmente manipuladas. “As listas de candidatos para testes físicos a trabalhadores para uma eventual ida para a Austrália que se publicaram ontem e onde aparecem nomes de cidadãos da Indonésia são completamente falsas” e Filomeno Soares fundamentou: “não têm o carimbo da SEFOPE, nem quaisquer assinaturas na carta”. As declarações foram proferidas no âmbito da cerimónia de celebração de contrato com 63 trabalhadores, esta sexta-feira, em Comoro, Díli.
O dirigente esclarece que os programas de treino e envio de trabalhadores para o estrangeiro limitam-se a cidadãos timorenses, pré-requisito inalienável e, “se houver indícios, que se informem as autoridades competentes para investigar”.
“As vagas da SEFOPE para trabalhar no estrangeiro fazem parte de um programa para timorenses, por isso os jovens que concorrem para as vagas da SEFOPE estão munidos de documentos comprovativos da nacionalidade, tal como o cartão eleitoral, o bilhete de identidade e a certidão de batismo. A função da SEFOPE é tratar dos contratos dos trabalhadores, mas facilitar os documentos legais aos cidadãos é competência do Ministério da Justiça”, avisou o dirigente.
Ainda assim, Filomeno Soares informou que a SEFOPE vai investigar a possibilidade de documentação falsificada a respeito da nacionalidade timorense, bem como eventuais grupos que a disponibilizem.
Segundo dados da SEFOPE, Timor-Leste já enviou cerca de 12 mil trabalhadores para a Austrália e para a Coreia do Sul, desde o início dos acordos com aqueles países (2009 e 2012, respetivamente). Daqueles 12 mil, mais de cinco mil dedicam-se à área das pescas na Coreia do Sul e cerca de sete mil estão na Austrália a laborar no setor da horticultura. Existem ainda acordos, mais incipientes, para enviar jovens timorenses para o Japão.
Equipa da TATOLI