DÍLI, 14 de março de 2023 (TATOLI) – O Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), organizou um seminário para divulgar, junto de algumas linhas ministeriais e outras autoridades, o Codex Alimentarius, isto é, um conjunto de normas, códigos, diretivas e outras recomendações internacionais que visam promover a segurança sanitária dos alimentos, a proteção dos consumidores e garantir práticas justas no comércio de alimentos.
A presidente da Comissão do Codex Alimentarius de Timor-Leste, Odete Viegas, frisou que é fundamental que o Ministério da Agricultura e Pescas e o do Turismo, Comércio e Indústria, bem como a Autoridade de Inspeção e Fiscalização das Atividades Económicas, Sanitárias e Alimentares (AIFAESA) se envolvam neste empreendimento integrando a comissão.
“Importamos diversos produtos alimentares que não conseguimos controlar. Por isso, cada ministério deve preparar os seus recursos humanos para que comecemos a verificar a qualidade dos alimentos que entram no país”, afirmou a responsável, no Hotel Novo Turismo.
Por sua vez, o representante da OMS em Timor-Leste, Arvind Mathur, relembrou que Timor-Leste aderiu ao Codex Alimentarius em 2018, tornando-se assim o 188.º membro desta convenção. Acrescentando que “para melhorar o sistema do controlo de produtos alimentares, o Governo timorense terá que trabalhar arduamente”.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 60% dos produtos alimentares são importados da Austrália, do Brasil, da China, dos Estados Unidos da América, da Coreia do Sul, da Indonésia, da Índia, da Malásia, do Paquistão e de Portugal. O país apenas exporta produtos como café, baunilha e algas.
A Comissão Codex Alimentarius foi criada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pela OMS, com o intuito de abordar e discutir assuntos transversais relacionados com a segurança e qualidade dos alimentos ao longo de toda a cadeia alimentar e elaborar posições comuns tendencialmente por consenso, com vista à proteção dos consumidores.
Recorde-se que o Governo timorense, a FAO e a OMS lançaram o primeiro projeto Codex Alimentarius em 2022, no valor de 220 mil dólares americanos, em prol da segurança alimentar no país.
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Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora