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Representantes de crianças e de portadores de deficiências apresentam dificuldades

Representantes de crianças e de portadores de deficiências apresentam dificuldades

Presidente da República, José Ramos Horta, participa no diálogo nacional sob o tema “Escutem as nossas preocupações e assegurem os nossos direitos”. Fotografia da Tatoli/Egas Cristovão.

DÍLI, 16 de fevereiro de 2023 (TATOLI) – Decorreu no Centro de Convenções de Díli o encontro “Escutem as nossas preocupações e assegurem os nossos direitos”, organizado pelo Instituto para a Defesa dos Direitos da Crianças (INDDICA). O objetivo era que dois grupos sociais, tidos como vulneráveis, representantes de portadores de deficiência e de crianças, pudessem apresentar as dificuldades que experimentam aos decisores políticos e detentores do poder de mudar.

O encontro reuniu entidades de Estado, parceiros de desenvolvimento e representantes daqueles dois grupos e nele se dialogaram as preocupações dos últimos sobre as más condições das escolas, a falta de acesso a água potável e saneamento, o elevado número de crianças analfabetas e o trabalho infantil, entre outras. De notar que os problemas destacados, apesar de afetarem a generalidade da população, implicam uma menor qualidade de vida e menores possibilidades de desenvolvimento e progressão individual aos grupos sociais em causa.

Na sua intervenção, o representante das crianças, Olávio Almeida, mencionou que Timor-Leste não tem um número de recursos humanos e infraestruturas escolares suficiente, frisando que “o número é mais preocupante se se tiver em conta o número de escolas que estão preparadas para incluir crianças com deficiências”. Olávio acrescentou que a maioria das bibliotecas escolares, a existir, estão fechadas e/ou pouco apetrechadas e que “as merendas escolares distribuídas não são nutritivas”.

No que toca aos cuidados médicos o representante lamentou que “se pensarmos em saúde, a falta de centros e de profissionais de saúde qualificados nas áreas rurais também é preocupante”, concluiu.

Presidente do INDDICA, Dinorah Granadeiro.

A Presidente do INDDICA, Dinorah Granadeiro, explicou que este encontro pretende também chamar a atenção dos partidos políticos para que não envolvam crianças nas campanhas eleitorais, mas que as priorizem aquando da sua atuação governamental. Na verdade, a representante até tinha exortado que não se fizessem campanhas eleitorais perto das escolas.

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“Trouxemos aqui crianças para serem ouvidas. Convidamos o Presidente da República e membros do Parlamento Nacional e nenhum destes últimos marcou presença”, lamentou Dinorah Granadeiro, em Caicoli.

A presidente referiu que é do conhecimento público que “muitas crianças timorenses não têm acesso à educação, muitas estão envolvidas em atividades de negócio, sabemos que os estabelecimentos escolares não respondem às necessidades das pessoas com deficiência e que muitas crianças estão subnutridas”.

Representante da UNICEF, Bilal Durrani. Fotografia da Tatoli.

O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Bilal Durrani, disse, por sua vez, que cerca de metade das crianças timorenses continuam a viver no limiar da pobreza. “Aproveito esta oportunidade para chamar a atenção dos líderes atuais para que priorizem os assuntos relacionados com as crianças”.

Já a Vice-Ministra da Solidariedade Social e Inclusão, Signi Verdial, referiu que “o Governo alocou um orçamento para apoiar as crianças e as famílias vulneráveis, sobretudo no acesso à educação e à saúde”, garantindo que o Executivo continua lutar contra a pobreza, dando como exemplo a implementação do Programa da Bolsa da Mãe Nova Geração que, recorde-se, teve apoio económico do Programa Alimentar Mundial.

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A Governante agradeceu ainda ao Governo australiano por disponibilizar um orçamento de cinco milhões de dólares para a implementação daquele programa.

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Jornalista: Jesuína Xavier

Editora: Maria Auxiliadora

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