DÍLI, 12 de janeiro de 2023 (TATOLI) – Não é de hoje que a poluição configura um problema em Timor-Leste. A consciência do público sobre a gestão dos resíduos ainda é pouca, pois o lixo é colocado em qualquer lugar e não nos contentores – que, por sinal, não são muitos. Na praia de Metiaut, zona turística da capital que engloba restaurantes e conjuntos habitacionais, o lixo acumulado salta aos olhos.
O lixo espalhado pela extensa faixa de areia chega a atrair ratos e insetos, colocando em risco a saúde da população. Uma moradora da região, Maria Soares, diz que o trabalho de recolha dos resíduos pelo pessoal da limpeza não está a ser realizado, e apela às autoridades para que alguma atitude seja tomada.
“O lixo espalhado na praia vem de pessoas que o deitam em lugares inapropriados, por exemplo, nas ribeiras e no mar. Quando a chuva cai, a água leva o lixo para o mar e a corrente trá-lo de volta para a praia. O pessoal de limpeza tem de recolher este lixo, senão a nossa saúde é afetada. Mas, os cidadãos também precisam de ter mais bom senso”, frisou.
Questionado sobre o problema, o Diretor do Serviço Municipal de Água, Saneamento e Ambiente de Díli, Hermínio Moniz, informou “que a recolha do lixo espalhado nas praias é da responsabilidade do Programa Mão-de-Obra do Posto Administrativo (PMOPA)”.
O administrador do posto administrativo de Cristo Rei, município de Díli, Venâncio Tavares, disse que a recolha do lixo amontoado na praia de Metiaut será intensificado em fevereiro, aquando da contratação de novos funcionários de limpeza.
De acordo com dados do Ministério da Administração Estatal, são produzidas diariamente, em Díli, cerca de 220 toneladas de lixo.
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Equipa da TATOLI