DÍLI, 06 de janeiro de 2023 (TATOLI) – A Ministra da Saúde (MS), Odete Freitas, afirmou hoje que o aumento dos impostos sobre as bebidas açucaradas e gaseificadas, o açúcar e o tabaco contribui para prevenir doenças crónicas como, por exemplo, hipertensão e diabetes.
A governante disse que o MS apoia o Ministério das Finanças no aumento dos impostos sobre aqueles produtos não só para melhorar as receitas do Estado, mas também para contribuir para a redução de transferência de pacientes para o estrangeiro com problemas de saúde gerados pelo consumo daqueles produtos (cardíacos e oncológicos).
“Estes produtos [bebidas açucaradas e gaseificadas, açúcar e tabaco] têm impacto na saúde sobretudo, mas não só, na hipertensão e em problemas cardíacos. O aumento do preço, via acréscimo de impostos, contribui para diminuir o consumo da glucose. Muitas pessoas com idade entre 40 e 50 anos sofrem destas doenças devido ao consumo de álcool, tabaco, produtos açucarados, entre outros”, afirmou a ministra no Hotel Timor.
A Governante pediu as mulheres que reduzissem o sal e o açúcar na alimentação diária para que as crianças e suas famílias sejam saudáveis.
O representante da OMS em Timor-Leste, Arvind Mathur, disse, por seu turno, que o aumento dos impostos sobre as bebidas, o tabaco e o álcool podem reduzir o risco de desenvolver algumas doenças, destacando o cancro e a hipertensão. “O importante é as pessoas saberem que o açúcar, o tabaco e algumas bebidas não são bons para a saúde”, assegurou.
O Governo tinha já pretendido aumentar em 100% os impostos sobre o tabaco, de 50 dólares americanos por quilograma para 100 a fim de contribuir para as receitas domésticas e também beneficiar a saúde dos cidadãos.
O Ministério das Finanças, Rui Gomes, tinha dito que, em Timor-Leste, o imposto sobre o tabaco é reduzido, comparando com o da Austrália, de Singapura e da Indonésia com 1.540 dólares por quilograma, 304 dólares e 334, respetivamente.
O Executivo tinha pretendido também aumentar um dólar americano por cada quilograma de açúcar e de produtos de confeitaria e três dólares por cada litro de água açucarada e bebidas não alcoólicas, à exceção de sumos de fruta, contribuindo para proteger a saúde pública, e apoiando deste modo o programa do Ministério da Saúde.
Além do aumento do imposto sobre o tabaco, o Executivo pretendia também introduzir uma taxa de imposto dos automóveis: se o valor fosse superior a 10 mil dólares, o imposto passaria a ser de 10%, caso o valor ascendesse os 25 mil, a taxa seria de 25% e acima dos 50 mil de 30%.
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Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora