DÍLI, 06 de dezembro de 2022 (TATOLI) – O Ministério da Saúde renovou o seu apelo de apoio financeiro aos parceiros de desenvolvimento internacionais no combate às doenças transmissíveis no país. A ministra, Odete Belo, referia-se, em particular, à malária, à tuberculose e ao VIH/SIDA, cuja prevalência, nas duas últimas, ainda é motivo de preocupação.
As declarações de Odete Belo surgiram na sequência de uma reunião entre elementos adstritos ao Mecanismo de Coordenação de Timor-Leste no combate àquelas doenças e o Ministério da Saúde. No encontro, abordaram-se os preparativos na elaboração de uma proposta para apresentar ao Fundo Global de modo a, em última instância, erradicar a malária, o VIH/SIDA e a tuberculose até 2025.
“O Fundo Global não vai cancelar o seu apoio ao combate a três doenças, a malária, o VIH/SIDA e a tuberculose”, garantiu a governante à Tatoli, em Manleuana, Díli. Pelo contrário, a ministra explicou que, embora nos países desenvolvidos, a maioria destas doenças contagiosas esteja quase erradicada, as nações que contribuem para o Fundo Global vão continuar a apoiar financeiramente aos países pobres para que estes possam combater aquelas patologias.
É de salientar que a Diretora-Executiva da Organização Não–Governamental Estrela+, Inês Lopes, tinha pedido ao Ministério da Saúde que alocasse um orçamento para combater as doenças transmissíveis no país.
“O Fundo Global disponibilizou um fundo, ao Ministério da Saúde, aos programas de combate à malária, à tuberculose e ao VIH/SIDA. Mas, o Governo deve também alocar o seu próprio orçamento para combater estas doenças contagiosas. Estou preocupada com a falta de orçamento. Caso o Fundo Global cancele o seu apoio, como fica a situação?”, questionou a dirigente, no Palapaço, Díli.
A este propósito, considere-se que o Executivo tinha um compromisso de alocar 20% no Orçamento Geral do Estado para estes programas.
De acordo com os dados do ministério, existem 498 casos de tuberculose por cada 100 mil habitantes em Timor-Leste, muito acima da taxa de mortalidade na Região do Sudeste Asiático que é de 100 vítimas por cada 100 mil pessoas. No que toca ao VIH/SIDA, os dados do Ministério da Saúde apontam que o país reporta atualmente 1.582 pessoas com aquela doença e registou, até muito recentemente, 260 óbitos.
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora