DÍLI, 11 de novembro de 2022 (TATOLI) – O Coordenador do Projeto PRO-Português, Armindo Barros, reconheceu que os formandos de língua portuguesa enfrentam dificuldades na aprendizagem do idioma. Estas dificuldades manifestam-se não só na leitura, na compreensão e na interpretação, como também na escrita.
“Os formandos que terminaram os estudos durante o período de ocupação da Indonésia têm dificuldades em aprender o português. Mas depende muito do esforço e da vontade de cada um. Os formandos mais jovens têm mais capacidade de aprender”, afirmou o responsável à Tatoli, em Balide.
Segundo o coordenador, “o desafio não está na qualidade da formação, mas nas dificuldades dos formandos em aprender uma língua estrangeira da qual não tiveram qualquer formação na infância”.
O dirigente referiu que visitou alguns centros de formação e observou as aulas lecionadas pelos professores de língua portuguesa. “Os formandos têm dificuldades de expressar-se ou conversar em língua portuguesa. Precisam de tempo para a praticar e o projeto prepara tudo quanto necessário para os ajudar”.
Armindo Barros acrescentou que o Projeto PRO-Português prepara manuais para a formação dos professores de cada nível, de A1 a B2, em todo o território e que está disponível para ajudar formandos com dificuldades. Lamentou, no entanto, que alguns formandos tenham desistido ou reprovado.
De acordo com dados provisórios do Projeto PRO-Português, o total de formandos que terminaram o nível A2 era de 3.225, dos quais 2.738 foram aprovados e 441 reprovaram, num total de 140 turmas.
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Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora