DÍLI, 19 de outubro de 2022 (TATOLI) – A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento (USAID) e o Ministério da Saúde (MS) concluíram a elaboração de um esboço sobre as competências de cada departamento e tarefas de cada funcionário e da avaliação de desempenho para os agentes da administração pública do ministério.
A Diretora Interina da Missão da USAID, Dinah Zeltser, informou que a agência apoia o MS no reforço do sistema de saúde de modo a garantir a qualidade dos recursos humanos.
“A USAID trabalha em parceria com o Ministério da Saúde para assegurar a sustentabilidade do sistema de saúde, através da descrição de serviço e da avaliação dos profissionais de cuidados de saúde primários e dos cargos de chefia a nível municipal”, realçou a dirigente, no Hotel Novo Turismo, em Díli.
Também o Vice-Ministro da Saúde, Bonifácio Mau Coli dos Reis, afirmou que é fundamental investir nos recursos humanos para melhorar o sistema de saúde de forma eficaz, eficiente e sustentável.
“Para garantir a implementação do Plano Estratégico Nacional do setor da saúde, o ministério tem de se esforçar para investir no desenvolvimento dos recursos humanos”, disse.
O governante recordou que o ministério tinha revisto os decretos-lei sobre o subsídio para os profissionais de saúde e sobre o regime da carreira.
De acordo com o vice-ministro, o MS criou também um manual de recrutamento, definiu as funções dos serviços municipais e estabeleceu uma avaliação de desempenho do trabalho prestado.
Já o Presidente da Comissão da Função Pública, Faustino Cardoso, reconheceu que, apesar do regime da carreira ter sido aplicado há dez anos, a comissão continua a registar várias lacunas, o que não favorece a qualidade da prestação de serviços de saúde no país.
“Temos funcionários em todos os centros e postos de saúde, mas é preciso completar os requisitos para garantir a qualidade da assistência médica nos cuidados de saúde primários, uma vez que os serviços continuam a ser questionados”, referiu.
A comissão regista atualmente 4.487 profissionais de saúde, dos quais 6% assumem cargos de chefia.
A USAID disponibilizou 15,6 milhões de dólares americanos para cinco anos, entre 2020 e 2024, a fim de garantir a sustentabilidade do sistema de saúde em Timor-Leste.
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora