DÍLI, 17 de outubro de 2022 (TATOLI) – A Diretora dos Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), Mingota da Costa Herculano, pediu à população que evitasse comprar medicamentos através das redes sociais para não pôr em risco a saúde pública.
“É perigoso para as pessoas comprarem os medicamentos, sobretudo os fármacos à base de plantas nas redes sociais. Sou uma anestesiologista na sala de cirurgia [do HNGV]. Acompanhei vários casos graves que chegaram ao hospital, porque os paciente tinham tomado medicamentos que compraram online”, afirmou a dirigente, no Hotel Novo Turismo, em Díli.
Mingota da Costa Herculano frisou que os pacientes devem seguir apenas as prescrições médicas e não se automedicarem.
Pediu igualmente aos órgãos de comunicação social que publicassem informações sobre o uso adequado de medicamentos.
Já o Chefe do Departamento de Gestão da Autorização e Introdução da Mercadoria do Ministério da Saúde, Teodoro de Jesus, tinha considerado que alguns fármacos importados não cumpriam os requisitos mínimos para serem comercializados, podendo causar problemas de saúde pública.
Estão naquela situação produtos cujas análises químicas não foram efetuadas e, por tal, não estão registadas em bases de dados próprias do Ministério da Saúde. Incluem-se, neste caso, produtos da qual se tem conhecimento estarem a circular nos circuitos comerciais, designadamente os feitos à base de plantas de HWI e K-link.
“Os medicamentos à base de HWI e K-link são ilegais e não estão registados no nosso sistema”, afirmou o dirigente, à Tatoli.
Segundo o responsável, o ministério apenas reconhece legalidade na venda de cinco tipos de medicamento à base de plantas: Tianshi Jiang Zhi Tea, Tianshi Vitaline Softgels, Tianshi Zinc, Tianshi Nutrition Calcium e Tianshi Chitin Chitosan.
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora
