DÍLI, 04 de agosto de 2022 (TATOLI) – Durante uma reunião com o Ministro Coordenador dos Assuntos Económicos (MCAE), Joaquim Amaral, a Comissão Nacional contra o Trabalho Infantil (CNTI) apresentou seis recomendações para a erradicação do problema em Timor-Leste.
Recomenda-se a criação de um sistema de assistência social para famílias carenciadas e de um plano de ação nacional contra o trabalho infantil; a alocação de um montante adequado para ajudar as crianças; a sensibilização para o impacto negativo do trabalho infantil, bem como a criação de escolas totalmente gratuitas, que incluam transportes para as crianças e um serviço de atendimento para órfãos.
“Estas sugestões pretendem contribuir para a eliminação do trabalho infantil. Se quisermos ser bem sucedidos, temos de agir rapidamente”, afirmou o Presidente da CNTI, Aniceto Leto Soro, à Tatoli, em Hudi-Laran.
Após o término da reunião, Aniceto Leto Soro adiantou que o MCAE se comprometeu a transmitir as recomendações em Conselho de Ministros.
Ainda a propósito e segundo o responsável, é necessário haver um esforço conjunto e a aplicação de medidas concretas entre as linhas ministeriais relevantes para se conseguir erradicar o trabalho infantil.
“Acredito que o número de crianças trabalhadoras comece a reduzir, quando o Governo implementar as recomendações”, concluiu.
De acordo com uma pesquisa nacional, que decorreu entre 2016 e 2022, cerca de 52 mil crianças estão em situação de trabalho infantil, pondo em risco o seu acesso à educação e ao desenvolvimento físico e intelectual.
Os municípios com mais crianças trabalhadoras são Aileu, Ainaro, Ermera, Oé-Cusse e Covalima, com uma idade média entre os cinco e os 17 anos.
Notícia relevante: Mais de 50 mil crianças em situação de trabalho infantil
Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora