DÍLI, 20 de julho de 2022 (TATOLI) – O Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC), Julião da Silva, informou que o processo de repatriação das sete trabalhadoras timorenses na Indonésia é da responsabilidade da agência que as recrutou para trabalhar no Dubai.
“Reunimo-nos com as agências ilegais para financiarem os bilhetes de regresso das sete cidadãs”, afirmou Julião da Silva, no Palácio do Governo.
Ainda de acordo com o governante, se as agências recrutadoras não assumirem a sua responsabilidade ainda esta semana, o Governo vai providenciar o repatriamento das jovens. No entanto, esclareceu que as agências têm de devolver o montante gasto pelo Estado.
“Segundo o cálculo do Governo, o regresso custará entre oito e dez mil dólares”, frisou.
Relativamente à identificação das agências que recrutaram as jovens timorenses, o governante recusou-se a fornecer pormenores, porque o caso está em processo de investigação.
Questionado ainda sobre a situação vivida por 13 jovens timorenses na Alemanha, Julião da Silva adiantou que a Embaixada de Timor-Leste na Bélgica moveu diligências para os repatriar, mas que aqueles rejeitaram.
“Eles recusaram-se a regressar e pediram ao nosso embaixador que lhes arranjasse emprego”, concluiu.
Julião da Silva sugeriu aos cidadãos que desejam trabalhar no estrangeiro que procurem informações detalhadas junto das instituições do Governo para evitar problemas semelhantes no futuro.
É de lembrar que uma entidade empregadora tinha alegadamente obrigado sete timorenses a trabalhar sem contrato e a viverem em condições desumanas em Abu Dhabi.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Maria Auxiliadora
