DÍLI, 10 de fevereiro de 2022 (TATOLI) – Os campos petrolíferos de Bayu-Undan renderam, desde final de 2020, 700 milhões de dólares americanos aos cofres do Estado timorense, revelou o Presidente da Autoridade Nacional do Petróleo e Minerais (ANPM), Florentino Soares Ferreira.
O dirigente destacou as receitas obtidas através do investimento da petrolífera australiana Santos no campo de Bayu-Undan para proceder à perfuração de três poços de petróleo.
“Este valor é muito significativo, pois antes rendia anualmente apenas 100 milhões de dólares. Assim, projetamos até ao final deste ano, mil milhões de dólares. Este valor representa por si só um sucesso, o que traduz a nossa coragem em avançarmos com a perfuração de três poços de petróleo”, adiantou o dirigente à Tatoli, via em linha.
De acordo com Florentino Soares, a ANPM procede à distribuição das receitas com base no Contrato de Partilha de Produção (Production Sharing Contracts).
“A ANPM é a autoridade reguladora e representa o Estado de Timor-Leste na Production Sharing Contracts para o aumento de receitas para o Fundo Petrolífero”, acrescentou.
Para o responsável, as receitas arrecadadas deve-se em parte à perfuração de três poços em Bayu-Undan.
“A produção sobe, o que significa o aumento das receitas. Sempre que o preço do gás aumente, traz no imediato um impacto positivo. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia spoderá condicionar o fornecimento de gás em todo o mundo. Pelo que é conveniente vendermos o nosso gás a um preço adequado”, explicou.
Recorde-se que a petrolífera Santos, uma das operadores do consórcio de Bayu-Undan anunciou, em janeiro do ano passado, a decisão de investir 235 milhões de dólares americanos na perfuração de três poços.
A petrolífera australiana Santos deu já início às instalações de plataformas fixas nos campos de Bayu-Undan para, em início de junho, arrancar com a perfuração de três poços petrolíferos localizados na área. As atividades de perfuração nos campos tiveram o seu início no segundo semestre de 2021.
O Diretor-Executivo da Santos, Kevin Gallagher, tinha antes dito que a primeira produção teria lugar no terceiro trimestre de 2021.
A perfuração visa aumentar a produção em 20 milhões de barris, reduzir os custos de abastecimento, criar postos de trabalho e atrair mais investimento.
O grosso do consórcio para a operação de Bayu-Undan está nas mãos da Santos, tendo uma participação de 43,4%. Já 25% pertencem à SK E&S. Quanto aos restantes, 11,4%, pertencem a INPEX, 11% à Eni, 6,1% à JERA e 3,1% à Tokyo Gás.
Notícia relevante: Santos inicia instalação de plataformas para perfurações petrolíferas em Bayu-Undan
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora