DÍLI, 11 de janeiro de 2022 (TATOLI) – O Ministério da Agricultura e Pescas (MAP) celebrará o Dia Nacional do Sândalo e das Florestas, que terá lugar a 13 de janeiro, no Município de Manatuto, com o lançamento e cultivo de cinco hectares de plantação de sândalo e dois em outros municípios.
O Diretor-Geral das Florestas, Café e Plantas Industriais do MAP, Raimundo Mau, revelou que o ministério está a preparar o terreno para o cultivo.
“Os viveiros de sândalo já estão prontos para cultivo. Plantaremos 1.667 em cada hectare”, afirmou o dirigente à Tatoli, em Caicoli, Díli.
Segundo Raimundo Mau, é preciso plantar o mesmo número de sândalo e de outras árvores, como a ai turi (colibri vegetal), para que estas sirvam de nutrição ao sândalo no início da plantação.
“Se cultivarmos mais de mil árvores de sândalo em cada hectare, precisamos de plantar também o mesmo número de árvores que alimentam o sândalo, como a ai-turi”, disse.
Segundo Raimundo Mau, o ministério trabalha em parceria com as autoridades municipais, os dirigentes dos serviços de agricultura e os chefes de reflorestação para organizarem esta celebração em cada município.
O responsável salientou que o ministério apresentará uma proposta ao Primeiro-Ministro para obter um compromisso por parte de todas as entidades, sobretudo de garantia dos cuidados das florestas no país.
Raimundo Mau recordou ainda que o ministério distribui anualmente mais de um milhão de vários tipos de árvores pela população para cultivar nos seus próprios terrenos. Depois de 20 a 25 cinco anos, será apenas necessário relatar aos serviços das florestas os resultados da colheita das árvores em causa.
Para o responsável, o ministério continua a dar prioridade a árvores específicas, como o sândalo, para garantir a sua promoção.
A Direção-Geral das Florestas trabalha com alguns parceiros internacionais, nomeadamente um centro de estudos australiano, para criar o projeto AI-Com, que consiste numa pesquisa sobre a plantação de sândalo.
“Foi realizado um projeto-piloto em Manduki, do Posto Administrativo de Atabae. O Governo conseguiu cultivar 200 hectares de sândalo. Este projeto tem como objetivo medir o crescimento dos sândalos desde o início da preparação das sementes até ao cultivo”, acrescentou.
Raimundo lembrou que o Governo suspendeu a comercialização de sândalo nos últimos dez anos, com o objetivo de permitir o seu crescimento.
“Se alterarmos a suspensão, poderemos reabrir a comercialização de sândalo nos mercados nacionais e internacionais”, sublinhou.
Recorde-se que o Governo decretou o dia 13 de janeiro como o Dia Nacional do Sândalo e das Florestas, com o intuito de assinalar o papel central das florestas na manutenção de um ambiente saudável, na conservação da diversidade de animais e plantas e no desenvolvimento económico. O sândalo foi reconhecido como árvore emblemática de valor nacional.
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora