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Timor-Leste e BAD assinam empréstimo de 35 milhões para EDTL melhorar fornecimento de eletricidade

Timor-Leste e BAD assinam empréstimo de 35 milhões para EDTL melhorar fornecimento de eletricidade

Timor-Leste e BAD assinam empréstimo de 35 milhões para EDTL melhorar fornecimento de eletricidade. Imagem/MF.

DÍLI, 20 de dezembro de 2021 (TATOLI) – O Governo de Timor-Leste e o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) assinaram hoje um empréstimo de 35 milhões de dólares americanos para a Eletricidade de Timor-Leste (EDTL). Pretende-se com o acordo melhorar o fornecimento sustentável de eletricidade em 12 municípios, modernizar o sistema de distribuição e reforçar a capacidade da instituição de administrar a rede elétrica.

Segundo o comunicado a que a Tatoli teve hoje acesso, o Executivo timorense aloca também 15 milhões de dólares do Fundo de Infraestruturas para financiar a reabilitação do sistema de distribuição de energia e a construção de 12 edifícios regionais.

“A política do Governo é obter junto das instituições financeiras internacionais  um empréstimo concessional com o objetivo de financiar o investimento em infraestruturas, estimular o crescimento económico doméstico e garantir a sustentabilidade do Fundo do Petróleo”, afirma o Ministro das Finanças, Rui Gomes.

De acordo com o ministro, o empréstimo, com uma duração de 15 anos e um período de carência de cinco, apresenta boas condições e retorno para Timor-Leste.

O evento contou com a participação da Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Adaljiza Magno, o Ministro das Obras Públicas, Salvador Pires, e a Vice-Ministra da Finanças, Sara Lobo Brites.

Recorde-se que o BAD aprovou em outubro este empréstimo de 35 milhões.

Segundo o comunicado do BAD, o projeto consiste na instalação de 140 mil novos contadores inteligentes, na distribuição de cartões pré-pagos para ajudar as famílias a gerirem o uso de eletricidade e na instalação do sistema de automação de distribuição para melhorar a confiabilidade da rede, incluindo 30 transformadores de distribuição para reduzir a sobrecarga.

O projeto inclui também a reabilitação de 290 quilómetros de circuitos de linhas de distribuição de média e baixa tensão, a criação de um centro de controlo de distribuição, o estabelecimento de um sistema de informação de gestão de distribuição e a reabilitação do armazém principal de distribuição em Díli.

O programa promove postos de trabalho para mulheres no setor da energia, faculta formação às famílias, especialmente às mulheres, sobre segurança elétrica e o uso produtivo da eletricidade.

“Um sistema elétrico resistente e confiável é crucial para o objetivo do país de diversificar a economia e impulsionar a indústria, comércio, turismo e desenvolvimento social rural e urbano”, defende o especialista financeiro do BAD, Daniel Miller.

O apoio a estas reformas visa reduzir os elevados níveis de perda de energia da rede elétrica e melhorar a sustentabilidade financeira do setor.

“O projeto vai melhorar a eficiência operacional da empresa, aumentar a cobrança de receitas e reforçar a sua capacidade institucional para a segurança elétrica e operacional. Ajudará a melhorar a prestação de serviços públicos às famílias, a criar empregos e a apoiar o plano de recuperação económica do Governo”, lê-se no comunicado.

“Melhorar a sustentabilidade financeira do setor é uma prioridade do Governo timorense, que iniciou reformas no setor da energia através do recente estabelecimento da Eletricidade de Timor-Leste como uma empresa pública”, acrescenta.

A EDTL fornece eletricidade a mais de 200 mil famílias, mas a rede de distribuição está em mau estado, com quedas de tensão excessivas e interrupções de serviço persistentes.

A nota afirma também que o custo do fornecimento de eletricidade é mais alto do que nos países vizinhos devido à transição lenta da produção dispendiosa de gasóleo para as energias renováveis, às elevadas perdas técnicas e ao desperdício da utilização de energia pelos consumidores causados pela falta de infraestruturas de medição.

O comunicado assegura ainda que o BAD está empenhado em alcançar uma “Ásia e Pacífico prósperos, inclusivos, resilientes e sustentáveis, mantendo os esforços para erradicar a pobreza extrema na região”.

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Jornalista: Afonso do Rosário

Editora: Maria Auxiliadora

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