DÍLI, 02 de dezembro (TATOLI) – O ex-Presidente timorense, José Ramos Horta, prometeu que irá ajudar o Grupo Arte Moris e assegurar as suas produções artísticas.
“Ofereci a minha casa em Metiaut aos nossos artistas da Arte Moris para guardarem temporariamente as suas pinturas”, afirmou o laureado nobel da paz, após participar no Fórum Diálogu de Díli, em Delta Nova.
Ramos Horta pediu também a todas as entidades que solucionassem em breve a situação do grupo Arte Moris.
O ex-Presidente da República considerou que a destruição das obras artísticas deste grupo pelas autoridades de segurança timorenses é um crime contra a arte.
“Devia ser apresentada uma queixa ao Ministério Público e ao Tribunal contra a ação do Governo. O Tribunal pode iniciar uma investigação contra o responsável desta ação, que deve compensar o grupo Arte Moris por danos morais e materiais”, afirmou.

Ramos Horta mostrou-se preocupado com o abandono de vários edifícios do Governo na capital.
Já o representante do povo no Parlamento Nacional, o deputado Mariano Assanami Sabino, disse que o Governo, através da Secretaria de Estado da Arte e Cultura precisa de estimar a obra destes artistas.
“Equanto deputado, apresentei uma proposta ao Governo para procurar um lugar adequado para o grupo Arte Moris”, afirmou.
Recorde-se que o Ministério da Justiça, através da Secretaria de Estado das Terras e Propriedades, deu três dias, entre 01 e 03 de dezembro, aos membros do grupo Arte Moris para evacuarem o edifício onde pintam diariamente.
Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Maria Auxiliadora