DÍLI, 25 de novembro de 2021 (TATOLI) – O preço dos produtos importados subirá no fim do ano devido à entrada limitada de navios, revelou o Diretor Nacional de Regulação Comercial e Proteção de Consumidores do Ministério do Turismo, Comércio e Indústria (MTCI), Bertinetti Vieira Lobo Baptista.
O responsável falava após a reunião com 33 empresários, empreiteiros, trabalhadores portuários e distribuidores em Timor-Leste que apresentaram as suas preocupações sobre o aumento do preço de bens de primeira necessidade, material de construção e combustível nos últimos dois meses do ano.
O diretor deu ainda o exemplo sobre a subida dos preços de produtos como os sacos de arroz de 25 quilogramas – que, de 10,50 dólares americanos aumentaram para 12,50 ou até para 13 dólares – material de construção (o cimento aumentou de 3,80 dólares para 4,25) e cada litro de gasolina aumentou cinco centavos.
“Recebemos as queixas dos empresários por falta de movimento no porto, nomeadamente de barcos com produtos importados. Sabemos que dependemos em 80% dos produtos importados”, afirmou em Bebora, Díli.
Com este problema, os empresários pediram ao Governo que normalizasse as atividades portuárias para que os navios pudessem entrar com os seus contentores.
O responsável explicou ainda que a lei permite que os barcos entrem quatro vezes por mês, mas, devido à pandemia da covid-19, a entrada está reduzida a apenas uma vez.
Os negociantes lamentaram também a subida do preço global do transporte de contentores, o que provoca o aumento do custo dos bens de primeira necessidade. “A subida do preço é variável, dependendo do tipo de negócio da empresa”.
Perante a questão, o Diretor da Autoridade Aduaneira Municipal do Porto de Díli, Alberto Seixas, clarificou que o porto está a funcionar normalmente.
“Se falarmos sobre a limitação da entrada de barcos, precisamos de ter um despacho do Governo”, afirmou à Tatoli, no porto de Díli.
O responsável referiu ainda que a entrada dos produtos importados depende do pedido da empresa. “Não há lei para determinar a entrada de barcos apenas uma vez por semana”, referiu.
O diretor explicou também que a medida que prevê a entrada de produtos importados uma vez por semana funciona apenas na fronteira terrestre.
“Não há impacto no aumento do preço dos produtos. O Governo deve controlar o preço dos produtos no mercado”, pediu.
Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora