DÍLI, 30 de setembro de 2021 (TATOLI) – A organização Pro-Ema e a Câmara de Comércio e Indústria de Timor-Leste (CCI-TL) discutiram a criação de um novo banco alimentar e de uma rede de combate ao desperdício dos alimentos para apoiar os mais necessitados.
Segundo a Vice-Diretora da Pro-Ema, Ana Paulina da Costa, a discussão visa promover a responsabilidade social dos empresários e uma contribuição com os seus produtos para o banco alimentar, erradicando assim a má nutrição e a fome na comunidade.
“Este organismo recolherá produtos alimentares que se encontrem quase fora do prazo de validade. Transformamo-los em alimentos saudáveis e nutritivos. De seguida, distribuímo-los gratuitamente pelos mais carenciadas, especialmente grávidas e crianças”, afirmou Ana Paulina da Costa, em Lecidere.
De acordo com a responsável, a ideia da criação deste novo banco alimentar surgiu na sequência das inundações ocorridas no passado abril e que provocaram muitos danos pessoais e materiais, como falta de acesso a água, alimentos, roupas e medicamentos.
Já o Diretor-Executivo da CCI-TL, Rui Alexandrinho Pacheco, reconheceu que muitos empresários desconhecem a função do banco alimentar.
“Através desta atividade, a CCI-TL irá facilitar a conetividade entre a Pro-Ema e empresas nacionais e internacionais, nomeadamente os centros comerciais, para garantirem o transporte dos produtos para o banco alimentar”, frisou.
Recorde-se que foi estabelecido, em junho deste ano, o primeiro banco alimentar no país para erradicar a má nutrição e a fome.
A Pro-Ema foi criada em março de 2018 com vista a promover formações ligadas às áreas de educação e economia destinadas às jovens vítimas de abuso sexual para se tornarem autónomas, criando assim o seu próprio emprego.
Jornalista: Afonso do Rosário
Editor: Zezito Silva