DÍLI, 28 de setembro de 2021 (TATOLI) – O Centro Nacional Chega (CNC) e o Comité Orientador 25 de Novembro (CO25) assinaram uma nota de entendimento que visa fortalecer a cooperação institucional nas áreas de estudo científico e serviço de arquivo, com a duração de dois anos, com possibilidade de extensão, dependendo do desempenho.
O Diretor do CNC, Hugo Fernandes, disse que esta cooperação auxiliará o CO25 no processo de preservação da memória da luta, pois o CNC conta com recursos suficientes.
“A nota de entendimento tem como objetivo fortalecer a capacidade institucional, partilhar documentos sobre a participação das instituições, dos jovens, das organizações da resistência e da comunidade internacional pela causa do país, bem como partilhar recursos e experiências de pesquisa sobre a nossa história e preservação da memória passada”, disse o dirigente à margem da cerimónia, em Balide.
Hugo Fernandes informou ainda que, em 2022, o CNC irá criar um centro de arquivo e digitalização moderno e acessível ao público para a preservação das histórias passadas.
Já o embaixador do CO25, Constâncio Pinto, disse que a assinatura da nota de entendimento irá permitir ao comité acesso às informações arquivadas pelo CNC.
O diplomata recordou que o Comité Orientador 25 é um instituto sem fins lucrativos e político-partidários, cuja função principal é coordenar a compilação dos dados relevantes para escrever a história do envolvimento e participação das organizações juvenis e estudantis que atuaram na frente urbana e clandestina da luta pela libertação da pátria.
Constâncio Pinto revelou ainda que o Comité 25 já se encontra a realizar a pesquisa documentária sobre a história do país a nível nacional e na diáspora.
Além disso, também acedeu a informação no Centro de Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal, que armazena documentos sobre Timor-Leste.
Também o Centro Nacional Chega é um instituto público, com a missão de promover a implementação das recomendações da CAVR relativas à institucionalização da memória e à promoção dos direitos humanos através da educação e formação e da solidariedade com os sobreviventes mais vulneráveis das violações de direitos humanos.
Jornalista: Afonso do Rosário
Editor: Zezito Silva