DÍLI, 14 de abril de 2021 (TATOLI) – Os dados finais recolhidos pelos líderes comunitários de 13 aldeias de três sucos do Posto Administrativo de Metinaro do Município de Díli mostram que 295 agregados familiares foram diretamente afetados pelas cheias que ocorreram recentemente no país.
O Administrador do Posto Administrativo de Metinaro, Fausto Soares Dias, informou que os dados recolhidos terão de ser submetidos amanhã ao presidente da Autoridade Municipal de Díli (AMD).
“O levantamento efetuado mostra que existem 295 famílias vítimas das recentes inundações no Posto Administrativo de Metinaro. Submeterei amanhã todos os dados finais à Autoridade do Município de Díli”, disse o administrador, esta quarta-feira (14/07), à Agência TATOLI, via telefone.
Fausto Dias lembrou ainda que decidiu, entretanto, agendar um encontro de urgência com os líderes comunitários para ser criada uma equipa de Task Force de modo a garantir o atendimento às vítimas.
“Depois do encontro a nível do Posto Administrativo, eu próprio liderei a equipa com os chefes de sucos e aldeias para efetuarmos o levantamento e verificação dos dados no terreno com base nos formatos disponibilizados pelo Ministério da Administração Estatal [MAE]”, referiu o administrador.
Adiantou ainda que foram disponibilizados três formatos – um relativo aos estragos que afetaram residentes e seus pertences, outro acerca das infraestruturas públicas em aldeias e sucos e, por último, o terceiro relacionado com o setor privado, como quiosques e mercados.
“Com base nos formatos I, II e III emitidos pelo MAE, a nossa equipa da Task Force registou, entre outros, danos totais e moderados em175 habitações no suco de Wenunuc, 103 no suco de Mantelolao e 17 no suco de Sabuli”, explicou Fausto Dias.
O responsável recordou ainda que estão atualmente 65 famílias alojadas na Igreja protestante Alfa Bequiar, em Metinaro.
“A maioria dos 295 agregados familiares afetados mantém-se em suas casas, enquanto 65 estão alojados na Igreja Alfa Bequiar, em Metinaro, sendo que 37 são oriundos do suco de Manteloloa e 28 do suco e Wenunuc. Quanto às vítimas, foi-lhes concedido apoio humanitário de emergência, como bens de primeira necessidade, quer pelo MAE quer por pessoas anónimas”, concluiu.
Jornalista: Arminda Fonseca
Editor: Câncio Ximenes