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José Monteiro: Programa Escola em Casa ineficaz 

José Monteiro: Programa Escola em Casa ineficaz 

MEJD lança Escola ba Uma e Telescola para 3.º ciclo do ensino básico, secundário e técnico-vocacional.

DÍLI, 13 de abril de 2021 (TATOLI) – O Diretor-Executivo da Aliança de Educação de Timor-Leste (Timor-Leste Coalition for EducationTLCE), José Monteiro, considerou ineficaz o Programa Escola em Casa por não garantir a eficácia da aprendizagem dos alunos de todos os níveis de ensino desde o básico ao ensino secundário. 

Segundo uma avaliação realizada pela TLCE, este programa não tem prestado o devido apoio aos alunos motivado pelo facto de constituir um modelo de aprendizagem inovador que implica um profundo conhecimento por parte dos professores.

“A dependência dos estudantes às aulas presenciais é superior a 70% contra apenas 30% relativas às aulas em linha”, disse o diretor-executivo da TLCE, esta terça-feira (13/04), aos jornalistas da Agência TATOLI, no seu local de trabalho, no edifício da FONGTIL, em Caicoli, Díli.

José Monteiro recordou que os conteúdos programáticos das diferentes disciplinas em linhaafetos ao Programa Escola em Casa são transmitidos através de canais televisivos timorenses.

De acordo com um levantamento levado a cabo pela TLCE, os encarregados de educação acabam por abdicar do acompanhamento dos estudos dos seus filhos durante parte do dia, em cerca de 30 minutos por cada episódio do programa.

O diretor afirmou, por outro lado, que este ensino a distância constitui o único meio disponibilizado pelo Governo para que os alunos possam prosseguir as aulas, ainda que com muitos entraves ao nível da sua eficácia.

“Consideramos as aulas em linha como o único meio criado pelo Executivo fruto da imposição da cerca sanitária e do confinamento obrigatório. Sugerimos, contudo, aos pais que acompanhem mais de perto os seus filhos durante as aulas em linha. O nosso problema é que muitos deles concluíram os seus estudos ainda no tempo da administração indonésia, o que dificulta a compreensão dos atuais conteúdos”, sublinhou o diretor.

O responsável sugeriu de igual modo ao Ministério da Educação, Juventude e Desporto (MEJD) que desse um apoio mais efetivo no que toca à interação dos alunos no programa em linha, como uma participação mais ativa por parte dos professores aquando da apresentação dos conteúdos programáticos.

“Caso o MEJD falhe na implementação do nosso programa, recomendo ao Executivo que, após o término da cerca sanitária, sejam retomadas as aulas presenciais com a adoção de mais medidas restritivas em conformidade com as normas sanitárias impostas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde”, afirmou José Monteiro.

José Monteiro lembrou ainda que, além do Programa Escola em Casa, o MEJD lançou, em março deste ano, outro programa intitulado Tele-Escola destinado aos alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico, Ensino Secundário Geral (ESG) e Ensino-Técnico Vocacional (ETV) dos municípios de Díli, Baucau e Viqueque que estão atualmente sob cerca sanitária.

Recorde-se que o MEJD, Armindo Maia, tinha antes declarado que a esmagadora maioria dos estudantes das áreas remotas tem enfrentado dificuldades no acesso aos respetivos programas por não conseguir aceder aos canais televisivos bem como não possuir telefone android. Apesar deste contratempo, o ministério continua a envidar todos os esforços para garantir a distribuição dos manuais escolares a todos os alunos.

Jornalista: Tomé Amado

Editor: Cipriano Colo 

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