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UNICEF e OIT apoiam Governo na identificação de lacunas na erradicação do trabalho infantil

UNICEF e OIT apoiam Governo na identificação de lacunas na erradicação do trabalho infantil

Crianças timorenses. Imagem/António Gonçalves.

DÍLI, 29 de outubro de 2020 (TATOLI) – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, em inglês) em Timor-Leste, a Organização Internacional de Trabalho (OIT), a Secretaria de Estado para Formação Profissional e Emprego (SEFOPE) e o Ministério das Finanças (MF) realizaram hoje um colóquio com o objetivo de apoiar o Executivo na identificação de lacunas relativas aos esforços de erradicação do trabalho infantil em Timor-Leste.

O Secretário de Estado para Formação Profissional e Emprego (SEFOPE), Alarico de Rosário, disse que o objetivo central desta iniciativa é partilhar experiências sobre a questão do trabalho infantil, bastante visível no país.

Segundo o governante, o trabalho infantil constitui uma preocupação de todos os quadrantes da sociedade timorense, na medida em que os dados recentes mostram que uma percentagem significativa de crianças entre os cinco e os 17 anos são vítimas de trabalho infantil, na sua esmagadora maioria vendedores ambulantes.

“O trabalho infantil é uma questão que nos preocupa a todos nós. Temos, pois, de tomar medidas concretas que ponham fim a este flagelo”, disse Alarico de Rosário, no âmbito do seminário sobre o trabalho infantil, no Timor Plaza, Díli.

O Secretário de Estado referiu ainda que o Governo manifesta o seu compromisso em avançar com medidas que ponham cobro a esta situação que prejudica a imagem do país.

Alarico de Rosário lembrou também que, em 2016, a OIT, em parceria com a Direcção-Geral de Estatística do MF, tinham levado a cabo uma pesquisa sobre o trabalho infantil em Timor-Leste, cujos resultados davam conta de que 67.688 crianças, o equivalente a 16%, entre os cinco e os 17 anos, estavam envolvidas em atividades económicas.

Ainda segundo os mesmos dados, das 67.688 de crianças, 12,5% estavam envolvidas em trabalho penoso e  perigoso, que prejudicava a sua saúde mental e a sua educação.

“Peço a todos que trabalhem em parceria para que possamos reverter esta situação e assim reduzir o trabalho infantil no país”, referiu.

Também o Representante da OIT, Nívio Magalhães, destacou a importância de serem postas em prática ações sustentadas e concretas para erradicar de vez o trabalho infantil em Timor-Leste.

A Representante da UNICEF, Valérie Taton, disse, por sua vez, que cerca de 152 milhões de crianças são vítimas de trabalho infantil, sendo que metade trabalha em atividades consideradas perigosas.

“As crianças são forçadas a trabalhar devido aos fracos recursos socioeconómicos dos seus pais”, afirmou.

Questionado sobre a ação do Governo, Valérie Taton enalteceu o atual Executivo timorense por se comprometer a resolver o problema do trabalho infantil.

Jornalista: Nelia Fernandes

Editora: Maria Auxiliadora

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