DÍLI, 25 de fevereiro de 2020 (TATOLI) – A Comissão Anti-Corrupção (CAC) finalizou um estudo preliminar, efetuado em 2019, junto de 11 ministérios e de uma instituição autónoma com o objetivo de desenvolver uma política nacional de combate à corrupção em Timor-Leste.
O Comissário-Adjunto da CAC para os Assuntos de Prevenção e Sensibilização, Luís de Oliveira Sampaio, recordou que dez elementos de cada instituição foram inquiridas neste estudo, cujo tema se centrou nos desafios e problemas que os funcionários enfrentam habitualmente no seu local de trabalho.
Segundo o adjunto, dos 11 ministérios existentes, entre eles o Ministério da Educação, Juventude e Desporto, Ministério das Obras Públicas, Ministério da Justiça, Ministério do Planeamento e Investimento Estratégico, Ministério da Agricultura e Pescas e Ministério do Comércio e Indústria, estão em risco de praticar atos de corrupção.
Os resultados do estudo dão a conhecer cinco pontos fundamentais, como a politização na administração pública, a fragilidade dos sistemas de aprovisionamento e de controlo interno e externo, a prática de abuso de poder por parte dos superiores, a existência de interesses privados e, por último, a gestão inadequada das finanças públicas.
“Apresentámos no seminário um estudo preliminar. Durante as sessões de discussão, os diretores-gerais de cada ministério divulgaram informações relativas ao tema do estudo, nomeadamente em relação às lacunas existentes para que o documento possa ser enriquecido”, explicou o adjunto à Agência TATOLI, hoje, no salão do Ministério das Finanças, em Ai-tarak Laran, Díli.
O responsável concluiu ainda que a nova política nacional que se pretende implementar trará vantagens a todos os agentes da administração pública no seu local de trabalho, garantindo total integridade e isenção com vista a impedir a ocorrência de eventuais atos de corrupção.
Jornalista : Nelson de Sousa
Editor : Francisco Simões