iklan

HEADLINE, SAÚDE

Três mil cápsulas de ovos portadores da bactéria Wolbachia chegam a Timor-Leste

Três mil cápsulas de ovos portadores da bactéria Wolbachia chegam a Timor-Leste

Representante da Escola Australiana de Investigação em Saúde Menzies (MSHR, em inglês) em Timor-Leste, Nelson Martins. Foto da Tatoli/Jesuína Xavier

DÍLI, 07 de maio de 2025 (TATOLI) – O Representante da Escola Australiana de Investigação em Saúde Menzies (MSHR, em inglês)  em Timor-Leste, Nelson Martins, revelou que chegaram ao país três mil cápsulas de ovos portadores da bactéria Wolbachia, provenientes da Austrália.

A iniciativa foi promovida pela Menzies, pelo World Mosquito Program e pelo Ministério da Saúde (MS). Recorde-se que tinham sido levados, pela primeira vez, em 2022, mosquitos Aedes Aegypti de Timor-Leste para a Austrália para os cruzar com fêmeas portadoras da bactéria Wolbachia.

Wolbachia é uma bactéria natural, inofensiva para as pessoas, mas da qual se sabe estar no organismo de cerca de 60% das espécies de insetos, incluindo moscas da fruta, libélulas e traças. A cápsula de ovos portadores da bactéria Wolbachia refere-se a um método de combate à dengue, onde os ovos de mosquitos Aedes aegypti são manipulados em laboratório para conter a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão do vírus da dengue. Estes ovos são posteriormente libertados em áreas afetadas, e quando os mosquitos eclodem reproduzem-se e transmitem a Wolbachia para as próximas gerações, reduzindo a capacidade da população de mosquitos transmitir a doença.

“O Programa Wolbachia é uma estratégia de saúde pública que utiliza mosquitos Aedes aegypti infetados com a bactéria Wolbachia para reduzir a transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. Com este programa, poderemos eliminar aquelas doenças”, frisou Nelson Martins, em Lecidere, Díli.

Notícia relacionada: Sobe para 267 o número de casos de dengue

Por sua vez, o Diretor Nacional da Prevenção e Controlo de Doenças do MS, Florindo Gonzaga, disse que a iniciativa irá beneficiar mais de 200 mil moradores do município de Díli.  “Anualmente, registamos vários casos de dengue e de mortalidade causados pelo mosquito Aedes Aegypti”, acrescentou.

Recorde-se que o MS tinha registado, no primeiro trimestre deste ano, 500 casos de dengue, cinco dos quais culminaram em morte.

Notícia relacionada: Díli regista 60 casos de dengue em abril

Jornalista: Jesuína Xavier

Editora: Isaura Lemos de Deus

iklan
iklan

Leave a Reply

iklan
error: Content is protected !!