DÍLI, 19 de junho de 2023 (TATOLI) – Um grupo de 16 médicos cubanos despediu-se hoje do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), após uma missão de quatro anos em Timor-Leste. Aqueles médicos prestavam, desde 2019, serviços de saúde nos departamentos de obstetrícia, cirurgia, oncologia, oftalmologia, medicina forense, medicina intensiva e pediatria do HNGV.
O Diretor Clínico do HNGV, na cerimónia de despedida, Marcelino Correia, agradeceu aos médicos cubanos os seus contributos sobretudo no período da pandemia e asseverou que o país continuará a beneficiar da colaboração com Cuba na área de saúde.
Referindo-se aos médicos, Marcelino Correia declarou que “o apoio dos médicos cubanos foi muito importante para os médicos timorenses. Aqueles fomentaram um maior conhecimento aos profissionais de saúde timorenses e prepararam-nos para serem bons profissionais da medicina”. No tocante à cooperação com Cuba na área de saúde, o diretor clínico classificou-a como “excelente” e precisou que “alguns médicos timorenses estão a estudar no estrangeiro. Por isso, ainda precisamos do apoio dos médicos cubanos”.
Disse ainda, em declarações aos jornalistas no salão HNGV, em Bidau, que, entre chineses e cubanos, o HNGV conta com 23 profissionais, cujo serviço é muito relevante e espelha a ideia de que é necessário manter a cooperação na formação dos recursos humanos na área da saúde. Assim sendo, Marcelino Correia revelou que “o HNGV vai formalizar um pedido de apoio de médicos especialistas cubanos para trabalharem nos departamentos onde faltam profissionais qualificados, tais como os da medicina forense, o das urgências e o da pediatria”.
O represente da Brigada Cuba (grupo informal que agrega médicos cubanos no país), Regelio Barbár, assegurou que médicos cubanos vão continuar a trabalhar com Timor-Leste para fornecer uma assistência médica com qualidade aos cidadãos timorenses. “Estamos satisfeitos com o nosso serviço e este tem dado bons resultados. Os médicos cubanos que trabalharam no HNGV esforçaram-se por melhorar a saúde dos timorenses durante quatro anos. Os médicos cubanos dignificaram o seu nome e o de Cuba, com orgulho, pela dedicação que demonstraram em Timor-Leste. Já é tempo de regressarem ao seu país para fazerem coisas novas”.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, desde 2003, mais de mil médicos cubanos prestaram serviço na área de saúde em Timor-Leste. A participação destes médicos em estruturas de saúde timorenses é tida como fundamental ao ponto de Ramos Horta ter atribuído recentemente 71 certificados de apreciação e duas medalhas de mérito a profissionais daquele país.
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Equipa da TATOLI
