DÍLI, 08 de março de 2023 (TATOLI) – A Diretora-Executiva da empresa Têxtil Garment, Clarissa Lay, referiu que abriu a empresa com o intuito de criar postos de trabalho para costureiras e, em última instância, promover o talento e conhecimento daquelas.
Clarissa Lay disse que, em Timor-Leste, após casarem precocemente, muitas mulheres se dedicam apenas a lides domésticas. Situação que as deixa dependentes financeiramente dos maridos. Posto isto, a empresária teve a ideia de investir numa empresa de costura de modo a criar emprego para mulheres e ajudá-las a desenvolverem uma arte.
A empresária referiu que a sua fábrica se tem dedicado à costura de uniformes para instituições públicas e privadas, frisando que a importação de fardas já não é a única opção, como o foi em tempos.
“Tenho 50 trabalhadoras em Díli. Já fizemos cerca de nove mil uniformes para instituições públicas. Acredito na capacidade das minhas funcionárias, elas fazem os moldes, cortam os tecidos, cosem, entre outros. Não há necessidade de as instituições adquirirem fardas no estrangeiro”, disse a empresária.
Clarissa Lay garantiu que vai abrir filiais da sua empresa em Covalima, Lautém e Viqueque, pois, a seu ver, naqueles municípios há costureiras que trabalham com qualidade. “Já temos cem máquinas de costura para distribuir pelos municípios”, garantiu.
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Clarissa Lay sugeriu ao Governo e aos parceiros de desenvolvimento que investissem na qualificação dos recursos humanos, por considerar que o que tem sido feito ainda fica aquém daquilo que o país precisa.
No dia em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, Clarissa deixou uma mensagem: “Temos de ultrapassar as dificuldades, pois elas fazem parte do nosso caminho, ajudam-nos a crescer e a ser mais fortes. Podemos cair, mas o importante é a forma como nos levantamos e como prosseguimos o nosso caminho”.
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Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora