DÍLI, 28 de outubro de 2025 (TATOLI) – A Missão Permanente de Timor-Leste junto da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Women, Peace and Security coorganizaram, ontem, um evento paralelo sobre Mulheres, Paz e Segurança, sob o tema Paz, passo a passo: Enfrentar a violência sexual relacionada com conflitos ao longo do continuum da paz – Lições da Ásia-Pacífico.
Durante a sessão, o Representante da Missão Permanente de Timor-Leste junto da ONU, Dionísio Babo, destacou a necessidade de uma resposta global, centrada nas sobreviventes e inclusiva, para combater a violência sexual relacionada com conflitos.
De acordo com um comunicado da Missão Permanente de Timor-Leste junto da ONU a que a Tatoli teve acesso, ao assinalar o 25.º aniversário da Resolução 1325 do Conselho de Segurança da ONU, o país sublinhou que a prevenção, a proteção e a consolidação da paz se devem integrar de forma transversal na luta contra este tipo de violência.
Dionísio Babo elogiou o contributo de líderes regionais e representantes da sociedade civil que destacaram a participação das mulheres, o apoio às sobreviventes e a responsabilização como pilares essenciais para a construção de uma paz duradoura.
O diplomata recordou a história de Timor-Leste marcada pela violência e o impacto da violência sexual desde a ocupação japonesa até ao conflito indonésio (1975–1999). Mesmo após a independência, o trauma e o estigma persistem. Timor-Leste destacou as medidas adotadas para enfrentar esta realidade, como a criação da Comissão de Verdade e Reconciliação, programas comunitários de apoio e a Lei contra a Violência Doméstica, aprovada em 2010.
“Estas ações, de acordo com o Governo, refletem os quatro pilares da Resolução 1325 — participação, proteção, prevenção e recuperação — demonstrando que mesmo as pequenas nações podem liderar ao integrar as vozes das mulheres nos processos de justiça e de construção da paz”, lê-se no documento.
Timor-Leste reconheceu que a ação nacional, por si só, não é suficiente e apelou à solidariedade e cooperação internacionais para manter os progressos alcançados. O país alertou que a falta de recursos e o estigma social podem comprometer os avanços, caso não haja apoio global.
Dionísio Babo reafirmou o compromisso de Timor-Leste com a cooperação, com a responsabilização e com o apoio às sobreviventes, apelando a uma ação conjunta internacional para que nenhum conflito deixe um legado de violência, defendendo uma paz construída passo a passo, baseada na justiça, dignidade e igualdade.
Notícia relacionada: ONU: Timor-Leste reforça compromisso com paz e desarmamento global
Equipa da Tatoli
 
				





 


 
									 
 
		 
		 
		 
		
 
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			