DÍLI, 11 de novembro de 2024 (TATOLI) – No âmbito do 33.º aniversário do Massacre de Santa Cruz e do 19.º aniversário do Dia Nacional da Juventude, o Diretor Executivo do Fórum das Organizações Não-Governamentais de Timor-Leste (FONGTIL), Valentim Pinto, destacou a importância de se valorizar a luta dos jovens da resistência.
“O Massacre de Santa Cruz foi um dia histórico e um ponto de viragem na luta do país pela autodeterminação e independência”, afirmou o dirigente, no Farol, em Díli.
A este propósito, o Diretor da FONGTIL pediu ao Governo que apostasse no setor privado para que se criem postos de trabalho, evitando, deste modo, que os jovens emigrem.
Por sua vez, Natalino dos Santos, deputado do Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste, apelou à juventude que evitasse conflitos e se empenhasse nos estudos a fim de contribuir para o desenvolvimento nacional.
Recorde-se que a 12 de novembro de 1991, tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense, e havido uma romagem à sua campa no cemitério de Santa Cruz. Os jovens, motivados pela revolta pelo assassinato daquele, manifestaram-se contra os militares indonésios e demostraram o seu apoio à independência do país.
Naquele dia, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja de Santo António de Motael até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e mais 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Até 2012, a localização de muitos corpos continuava ainda a ser desconhecida.
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Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Isaura Lemos de Deus
